25/08/2014 às 12:15

Alunos exploram cultura e aperfeiçoam idioma em viagem para os EUA

Estudantes de escolas públicas do DF foram beneficiados pelo programa Brasília Sem Fronteiras

Por Ailane Silva, da Agência Brasília


. Foto: Mary Leal

BRASÍLIA (25/8/14) – Nascidas com apenas oito minutos de diferença, as irmãs gêmeas Jéssica e Jennifer Gomes, de 19 anos, embarcaram juntas para viver uma nova experiência em Washington, nos Estados Unidos, pelo programa Brasília Sem Fronteiras. Ambas – que sonhavam em sair do país para treinar a língua inglesa – também conheceram uma cultura diferente.

 

“Ir para a Universidade de George Washington para estudar foi uma surpresa. Não teríamos condições de fazer um curso como esse, que deve ser muito caro”, contou Jennifer , ao lembrar da viagem de quatro semanas com um grupo de 385 pessoas, entre 12 de julho e 9 de agosto.

 

As irmãs, ambas estudantes do Centro Interescolar de Línguas de Ceilândia (CILC), disseram que já tinham certa fluência no idioma, mas a experiência foi inestimável. “Tivemos que pensar mais para nos expressar melhor e desenvolver nossas ideias, até porque estávamos discutindo temas diferentes”, relatou Jéssica.

 

“Além disso, tivemos que prestar mais atenção no contexto das conversas, porque havia algumas palavras que nós desconhecíamos”, complementou Jennifer. Elas fizeram o curso Liderança Global com Ênfase em Inovação, que debate temas como governança e desenvolvimento.

 

A partir do que elas aprenderam, criaram um projeto final com objetivo de aumentar a confiança das pessoas na polícia. A ideia era aumentar a participação da comunidade, a qual atuaria de forma mais intensa para repassar às forças de Segurança os possíveis crimes e locais mais perigosos de cada local. O estudo foi apresentado ainda nos Estados Unidos como trabalho final do curso.

 

CULTURA – Quanto aos lugares visitados, as irmãs concordaram em eleger como os mais emocionantes o Museu Memorial do Holocausto e o Monumento dos Veteranos do Vietnã, onde estão inscritos os nomes de todos os soldados estadunidenses mortos na guerra.

 

“Ao entrar nesses locais fiquei imaginando como foi que essas histórias aconteceram e como as famílias superaram”, descreveu Jéssica. “Além dessa experiência de imersão na cultura, essas visitas e experiências foram muito importantes para mim, que sou também universitária de língua inglesa e posso falar para os meus futuros alunos sobre isso”, observou Jennifer.

 

Outra estudante que também viajou para os Estados Unidos foi Daniela Costa, 18 anos, matriculada no CIL de Brasília e também universitária de Relações Internacionais na Universidade de Brasília. A aluna foi a primeira colocada na prova para entrar no programa de intercâmbio.

 

“Fiz 84 pontos e fiquei surpreendida quando fui convocada. Não esperava conseguir”, afirmou. Segundo ela, o aprendizado conquistado será muito bem aplicado. “Como profissionais, podemos aperfeiçoar nossos conhecimentos para atuar em Brasília”, relatou à Agência Brasília.

 

CENTROS DE LÍNGUA – Atualmente, o Distrito Federal possui oito CILs, que oferecem cursos em seis línguas: inglês, francês, espanhol, alemão, japonês e português, para estrangeiros. As escolas possuem cerca de 33 mil alunos oriundos da rede pública de ensino.

 

Segundo o chefe do Núcleo dos CILs, Ivo Marçal, com o fortalecimento da língua estrangeira, Brasília terá uma tendência natural para receber turistas e para incentivar os alunos a se tornarem profissionais mais qualificados.

 

“Por isso, esse programa é muito importante. Ele veio para confirmar a utilidade e a importância dos Centros Interescolares, que precisavam desse apoio”, finalizou.

 

(A.S/J.S*)