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27/08/2014 às 22:19, atualizado em 12/05/2016 às 18:15
Na edição, o cientista social Alberto Carlos Almeida avaliou o sucesso do evento esportivo em Brasília
BRASÍLIA (27/8/14) – Com o tema central ‘Brasília, a grande campeã da Copa das Copas’, foi lançada a sétima edição da revista Brasília em Debate, nesta quarta-feira (27). Na publicação, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o cientista social Alberto Carlos Almeida coloca o mundial como uma prova da capacidade do Brasil em realizar grandes eventos.
“O que aconteceu com relação à Copa é uma extensão do que acontece com outras áreas do país”, enfatizou, ao destacar a percepção dos brasileiros quanto ao próprio país. “Quando um estrangeiro aprovava o Brasil, o pessoal dizia ‘ah, então o Brasil é bom’. Aqui, se um brasileiro aprova o Brasil, é esquisito”, relatou.
Durante o lançamento, que contou com a presença do governador do Distrito Federal, o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, destacou que os resultados da Copa, que geraram uma receita de R$ 1,3 bilhão para a capital do país, foram tratados como foco por que superaram as expectativas.
“Muitos pensaram que o evento seria um fracasso, tanto do ponto de vista da organização quanto dos demais elementos, mas ocorreu o contrário. Nosso mundial foi tratado internacionalmente como a Copa das Copas”, ressaltou.
O secretário de Turismo, Otávio Neves, enumerou como benefício do grande evento o público de 633 mil turistas, sendo destes 143,7 mil oriundos de outros países. “Isso ajuda a consolidar Brasília como um centro turístico, resultado do esforço conjunto entre os órgãos do governo para garantir tranquilidade, segurança pública, mobilidade e um excelente atendimento”, observou.
Na revista, outra opinião otimista é a do especialista francês em esporte e relações internacionais, Davis Ranc, descrita na reportagem Brasília, o gol de placa na Copa das Copas. O profissional considerou a Copa do Mundo no Brasil bem mais organizada do que a Olímpiada de Londres de 2012.
Durante a cerimônia, o secretário da Copa, Cláudio Monteiro, também avaliou que a agenda de eventos nacionais e internacionais amplia a participação de Brasília e do Brasil. “Com isso, nós conseguimos desenvolver a economia, já que termos um retorno imediato com o setor de Turismo”, afirmou.
O artigo Valor e Custo da Copa para o Brasil, do consultor econômico José Carlos Peliano, fala que o maior legado da Copa ficou “com a grandeza e o sucesso do evento que projetou o país para o mundo, levando-o a ser sério candidato a sediar outros eventos do gênero”.
RESULTADOS – A receita gerada pela Copa do Mundo em Brasília, de R$ 1,3 bilhão, superou a expectativa de R$ 887 milhões projetados pelo Ministério do Turismo (MTur). Além disso, 96,3% dos turistas estrangeiros apontaram o desejo de voltar à capital federal.
Outro benefício foi o aumento do número de voos internacionais em 55% no Aeroporto Internacional de Brasília, com o saldo de 870 pousos e decolagens no período.
No ranking de transparência para divulgação dos investimentos realizados durante a construção do estádio, que custou aproximadamente R$ 1,4 bilhão, Brasília ficou em primeiro lugar. Foram 77,26 pontos, segundo dados do instituto Ethos.
(A.S/J.S*)