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29/08/2014 às 12:09
Estiagem reduz níveis de rios e exige que população evite o desperdício
BRASÍLIA (29/8/14) – Reduzir o desperdício, tomar banhos mais rápidos e desligar a torneira durante as escovações são algumas das orientações dadas pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa) durante este período de clima seco. O objetivo da instituição, responsável por regular a distribuição dos recursos hídricos no Distrito Federal, é sensibilizar o cidadão para o consumo consciente da água.
“Desperdício de água acontece em todo lugar. Na casa, quando se lava o carro e ruas, entre outros. É necessário fazer uso racional e essa medida precisa ser incorporada no cotidiano de todos, desde que tenhamos o mínimo de bom senso”, destacou o superintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Rafael Mello.
A média de consumo diário por habitante são 184 litros na capital do país, mas algumas cidades superam esse patamar. Brasília, Sudoeste e Cruzeiro têm média de 390 litros por habitante; Lago Sul e Jardim Botânico, 384 litros; e Lago Norte vem em seguida com 280 litros por morador.
Segundo Rafael Mello, combater o desperdício é também um dever institucional. A agência adota o monitoramento permanente nas vazões dos pontos de controle dos rios para avaliar cenários futuros no fornecimento de água e garantir o acesso e o atendimento dos usuários. Nesses meses de estiagem, aumenta-se o consumo e geralmente se tem menor oferta do recurso hídrico.
“Não se trata de possibilidade de faltar água. É manter a vigilância. Das 40 sub-bacias monitoradas pela Adasa por meio das estações de controle de vazão dos rios, três estão sob atenção redobrada por suas importâncias para o abastecimento humano no DF (Pipiripau, Santa Maria e Descoberto)”, enfatizou Rafael Mello.
De acordo com levantamento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o principal sistema produtor de água para consumo no DF é o Descoberto, que responde por 60% da produção total.
LAGO PARANOÁ – Segundo a Adasa, mesmo com diversos usos (lazer, geração de energia elétrica, lançamento de efluentes, navegação, pesca, paisagismo e recebimento de redes de drenagem), o Lago Paranoá mantém seu nível dentro do normal, de acordo com o estabelecido pela Agência Nacional de Águas (ANA).
A Adasa instalou no lago um equipamento que transmite dados via satélite para acompanhamento em tempo real do nível das águas.
Além do nível da lâmina da água, o mecanismo monitora on-line a quantidade de chuva na área visando assegurar os usos múltiplos dos recursos hídricos.
Para se ter uma ideia, no mês de maio, antes do início da seca, o Lago estava com nível próximo dos 1.000,7 metros acima do nível do mar. Em agosto, esse limite caiu para 1.000,3 metros. O máximo e o mínimo recomendado pela Agência Nacional de Águas (ANA) para o Paranoá é, respectivamente, 1.000,8 e 999,5 acima do nível do mar.
(A.A/J.S*)