Ebola é tema de palestra na rede pública de saúde

BRASÍLIA (11/9/14) – Profissionais de saúde do Guará participaram, nessa quarta-feira (10), da palestra “Cenário epidemiológico atual do vírus ebola”. A capacitação instruiu sobre a doença e destacou as formas de transmissão e medidas de controle. Foram mostrados, ainda, os protocolos de atendimento de caso suspeito e as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde.

O Brasil não possui casos confirmados da doença. No entanto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal vem alertando os profissionais quanto aos cuidados e manejo de paciente. Segundo a infectologista e palestrante Valéria Paes, a ação é estratégica para possíveis situações de contágio.

“O nosso papel aqui é informar o profissional. Mesmo sem casos registrados, temos que estar preparados para a qualquer momento dar uma assistência adequada ao paciente”, destacou.

Em caso suspeito, a médica orientou que os profissionais, tanto das unidades públicas quanto das particulares, comuniquem imediatamente o fato ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), isole o paciente e acione o Samu para a transferência do mesmo para o Hospital de Referência (Hospital Regional da Asa Norte).

Na ocasião, foram elencadas ainda as precauções como o uso dos equipamentos de Proteção Individual (EPI), a definição de uma equipe exclusiva para o atendimento daqueles com suspeita de infecção e a restrição quanto ao uso de itens compartilhados por pacientes e também utilizados pelos profissionais de saúde como canetas, pranchetas e telefones.

Para a coordenadora de Saúde do Guará, Maroa Santiago, o profissional não pode ter medo de atender o paciente. Para isso, precisa está orientado e preparado para receber essa demanda.

“É necessário o envolvimento de todos. Desde o motorista até o médico, ambos precisam saber o que fazer com o paciente. Ele deve entender o que está acontecendo e agir assertivamente. A palestra foi uma iniciativa preventiva”, explicou.

Segundo o Ministério da Saúde, pelas características da transmissão do vírus ebola, é pouco provável a sua disseminação para outros continentes. A preocupação é a detecção de casos em viajantes procedentes de países com transmissão.

SAIBA MAIS

O que é um caso suspeito:

Indivíduos procedentes, nos últimos 21 dias, de país com transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria. Embora existam casos na Nigéria, todos são secundários a um caso proveniente da Libéria. No contexto atual, a Nigéria não é considerada como possível origem de casos que venham para o Brasil. Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS): 3901-7642.

(J.P/J.S*)