Tratamento de bebês está dentro dos padrões e não há riscos de contaminação

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31/10/2014 às 17:15

Infecção por KPC no Hmib é descartada

Tratamento de bebês está dentro dos padrões e não há riscos de contaminação

Por Da Secretaria de Saúde


. Foto: Renato Araújo/SES-DF

BRASÍLIA (31/10/14) – A Secretaria de Saúde anunciou, nesta sexta-feira (31), que os três bebês isolados na UTI Neonatal do Hospital Materno-Infantil (HMIB) com colonização da superbactéria KPC não apresentam infecção e, por isso, não há risco de contaminação para os demais 37 bebês internados na unidade.

 

A secretária de Saúde, Marília Coelho Cunha, esclareceu em coletiva de imprensa que a colonização é formada por bactérias que existem normalmente no organismo. “Quando se detecta que uma criança tem colonização de KPC, que são bactérias altamente resistentes a antibióticos, essa criança tem que ter um tratamento especial para retirar ou reduzir ao máximo essa colônia”, explicou.

 

A KPC encontra-se apenas na mucosa e não no sangue dos bebês. A detecção da superbactéria ocorreu com teste de rotina chamado SWAB, em que o material para exame é colhido passando um cotonete no nariz ou na pele do bebê.

 

O resultado negativo para infecção demonstra que os recém-nascidos estão respondendo bem ao tratamento. A infecção por KPC pode evoluir, em alguns casos, à septicemia ou até mesmo infecção generalizada.

 

CONTROLE – A superbactéria foi detectada nos recém-nascidos durante testes de rotina para prevenção e controle de infecção no Hmib. Seguindo o protocolo de segurança, os bebês foram isolados dos demais recém-nascidos internados na UTI e continuarão isolados até a alta.

 

A titular da Saúde no DF destacou o papel do Laboratório Central (Lacen) na rápida detecção da KPC, que oferece os resultados dos exames no mesmo dia, ou, no máximo, em 48 horas. A situação atual é bem diferente de quando surgiu a superbactéria, em 2008, quando os testes só eram realizados por laboratórios do Rio de Janeiro e São Paulo e o resultado demorava seis meses.

 

“O Laboratório Central, que está funcionando e vai ser inaugurado [uma nova ala] até o final do mês [de novembro], vai garantir para toda a rede essa automação, essa agilidade, de a gente responder rapidamente, com o tratamento correto, para evitar uma contaminação, que foi o que aconteceu agora”, acrescentou a secretária.

 

A rotina de controle de infecção do hospital, que inclui procedimentos de lavagem das mãos, uso de luvas e capote para manusear os bebês, também foi destacada. “Se existe um lugar de referência hoje, no Brasil, é o Hmib. Nós temos uma excelente comissão de controle de infecção hospitalar, que está presente todos os dias, com dois infectologistas.”

 

A UTI Neonatal do Hmib está funcionando normalmente, com os 40 leitos ocupados. Todos os bebês estão sendo monitorados diariamente e as novas internações na UTI ocorrerão à medida que os atuais pacientes recebam alta.

 

 

(C.L*)