28/05/2015 às 21:37, atualizado em 12/05/2016 às 17:47

Assinado contrato emergencial com empresa que fornecerá serviços ao Na Hora

Prazo para entrar em atuação é de cinco dias úteis. Até lá, a B2Br opera a infraestrutura tecnológica nas seis unidades do DF

Por Samira Pádua, da Agência Brasilia


Atendimento na manhã de hoje na Agência do Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto
Atendimento na manhã de hoje na Agência do Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Foi assinado, na tarde desta quinta-feira (28), o contrato emergencial com a empresa ATP, vencedora do chamamento público feito em 13 de maio pela Secretaria de Justiça e Cidadania. Ela prestará, nas seis unidades do Na Hora de Brasília, os serviços de informática, de transmissão de dados (internet) e agendamento, além de entrar com funcionários terceirizados — que correspondem a uma parte dos trabalhadores dos postos.

O contrato tem validade de até 180 dias e é de R$ 5.940.066,48 — valor que será pago com orçamento da secretaria. A ATP tem cinco dias úteis para entrar em atuação. Enquanto isso, a B2Br, que operava anteriormente, presta os serviços tecnológicos até que a nova contratada se estabeleça. O atendimento nas unidades foi normalizado na tarde de hoje, após a empresa acatar decisão judicial de manter toda a estrutura física necessária ao Na Hora.

Na seleção, duas companhias apresentaram condições de oferecer os serviços: a ATP e a B2Br. A diferença entre os valores apresentados foi de R$ 432 mil.

O contrato teve o aval da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), que encaminhou, em 27 de maio, à Secretaria de Justiça e Cidadania, parecer em que opina pela possibilidade de contratação direta, por dispensa de licitação. O órgão levou em consideração diversos critérios previstos em lei, como o fato de já ter sido aberto, este ano, processo licitatório em que nenhuma empresa foi contemplada.

A procuradoria recomendou à secretaria que seja promovida a abertura de procedimento licitatório regular para a contratação do serviço, em paralelo à emergencial. De acordo com a pasta, os procedimentos para isso vêm sendo feitos.

Força-tarefa
O contrato emergencial com a B2Br foi encerrado no dia 24 deste mês. O aviso-prévio de 170 funcionários que trabalhavam na triagem e na distribuição de senhas terminou na terça-feira (26), e a Subsecretaria de Modernização e Atendimento ao Cidadão, da Secretaria de Justiça e Cidadania, fez uma força-tarefa para garantir o funcionamento. No entanto, por volta do meio-dia de quarta-feira (27), os serviços prestados nos postos foram suspensos, após a empresa cortar o link de transmissão de dados.

Na madrugada desta quinta-feira (28), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios deferiu liminar em ação ajuizada pela PGDF que obriga a empresa B2Br a manter toda a estrutura física necessária ao atendimento do Na Hora. A decisão vale até o fim do julgamento do agravo de instrumento, ajuizado pela PGDF nesta quarta-feira (27), ou até que seja efetivada a contratação emergencial — o que ocorrer primeiro. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 100 mil.

Está em reconhecimento de dívida pelo governo de Brasília o valor de R$ 7.039.813,08, referente aos trabalhos da B2Br no período de julho a novembro de 2014. Os pagamentos deste ano estão em dia.

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