08/06/2015 às 23:50, atualizado em 12/05/2016 às 17:50

Nesta terça-feira, faixas exclusivas seguem liberadas

Rodoviários e empresas não entram em acordo, e a greve continua. Governo tenta minimizar os transtornos à população

Por Ádamo Araujo e Paula Oliveira, da Agência Brasília


. Foto: Tony Winston/Agência Brasília – 22.5.2015

Atualizado em 9 de junho de 2015, às 11h57

O Departamento de Estradas de Rodagem informou, há pouco, que a liberação das vias exclusivas continuará em vigor até a meia-noite desta terça-feira (9).

A liberação das faixas exclusivas da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), das Vias W3 Sul e Norte e do Setor Policial Sul para todos os carros permanece nesta terça-feira (9), segundo informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e do Departamento de Trânsito (Detran).

A medida foi tomada diante da confirmação de que não houve acordo entre patrões e trabalhadores e de que a greve geral dos rodoviários continua. Apenas as vias exclusivas do Expresso Sul estão indisponíveis aos demais carros.

Para ajudar a minimizar os transtornos da paralisação, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) estenderá a circulação da quantidade total de trens na manhã de terça-feira em uma hora — será das 6 h às 9h45. A expectativa é que, sem ônibus, a quantidade de passageiros nas estações do metrô aumente em 30%, como na segunda-feira (8). A operação na capacidade máxima do sistema (24 trens) ocorre todos os dias, nos horários de maior movimentação — das 6 horas às 8h45 e das 16h45 às 20h15.

Negociações
Hoje, nenhum ônibus deixou as garagens das cinco empresas — São José, Piracicabana, Pioneira, Urbi e Marechal. Cerca de 2,7 mil carros permaneceram parados. Os advogados dos empresários prometeram entrar com dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para que a Justiça passe a mediar as negociações entre patrões e trabalhadores.

O Sindicato dos Rodoviários confirmou que a paralisação foi total, embora uma liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho determine que, no mínimo, 70% da frota circule durante os horários de pico — das 5 horas às 9h30, das 11 às 13 horas e das 15 às 19 horas. O tribunal estipulou multa de R$ 100 mil ao sindicato por dia de descumprimento da decisão.

Os rodoviários pedem 20% de reajuste salarial, 30% de aumento no auxílio-alimentação e benefícios, como cesta básica e plano de saúde. Os patrões oferecem 8,34% no salário com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor.