11/06/2015 às 16:28

Defesa Civil dá dicas de segurança para festas juninas

Saídas de emergência bem-sinalizadas, uso adequado dos fogos de artifícios e autorização dos órgãos de governo são essenciais para o sucesso dos eventos

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social

Chegou o período das festas juninas. Com ele, aumentam os riscos de acidentes se as devidas precauções não forem tomadas. A fim de garantir que as festividades ocorram de forma planejada e segura, a Subsecretaria de Defesa Civil preparou uma série de orientações para os organizadores. Os típicos foguetes, fogos de artifícios e fogueiras desta época, por exemplo, requerem atenção redobrada.

As primeiras dicas são organizar com antecedência e observar as exigências dos órgãos de governo. Eventos para um grande número de pessoas precisam ser comunicados à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, que poderá planejar, com as forças vinculadas, o efetivo de policiais, viaturas e bombeiros a serem enviados ao local. A administração regional e a Agência de Fiscalização (Agefis) também deverão ser informadas para que seja emitida a autorização.

O subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, enfatiza que a utilização inadequada de equipamentos e fiações pode provocar sérios acidentes. “Em muitas festas, os voluntários têm boa vontade, mas pouco conhecimento técnico; é preciso evitar o improviso, como as gambiarras — que geram sobrecarga —, e contratar um profissional eletricista”, exemplifica. Além disso, segundo o coronel, é importante as pessoas se conscientizarem da proibição de soltar balões. Essa prática costuma causar graves incidentes em consequência de incêndios nas matas e nas cidades.

Veja mais orientações:

Fogos de artifício

  • O uso de fogos de artifício deve seguir as normas de segurança e instruções do fabricante. É importante também verificar a data de validade e comprar os produtos somente em lojas credenciadas pelo Corpo de Bombeiros Militar e pela Polícia Civil.
  • A venda e a manipulação são permitidas somente para maiores de 18 anos. Crianças e adolescentes podem brincar com os estalinhos e tracks, desde que sob supervisão de um adulto.
  • Caso os fogos falhem temporariamente — devido ao chamado efeito retardado —, eles têm de ser molhados para apagar o pavio.
  • É recomendável usar fogos indoor, porque são fogos frios; não contêm pólvora, não produzem fagulha que possa queimar ou danificar o ambiente ou ferir as pessoas, causam pouca fumaça e não produzem cheiro.
  • Não se recomenda o manuseio de fogos por pessoas que ingeriram bebidas alcoólicas, pois, além de haver perda de coordenação motora, os reflexos ficam lentos, e a noção de perigo diminui.
  • A queima de rojões requer um suporte adequado e que eles sejam mantidos fora do alinhamento do corpo e projetados de forma inclinada, para uma área segura. Ao queimá-los, cuidado para não atingir árvores, redes elétricas e edificações, como postos de combustíveis.
  • Alguns fogos só podem ser instalados por especialistas, conhecidos como blasters.

Instalações elétricas e prevenção a incêndios

  • O sistema de distribuição de energia deve ser bem dimensionado. Para tanto, é importante um técnico registrado e com experiência para acompanhar a execução dos serviços e conferir os itens de segurança.
  • Todas as fiações precisam ser aterradas e não ficar em contato direto com estruturas condutoras de energia. A recomendação é utilizar cabos com dupla proteção (cabo pp). Além disso, o quadro de distribuição tem de conter disjuntores.
  • Em caso de emendas de cabos, é importante escolher conectores apropriados e fitas isolantes de alta fusão.
  • Arranjos feitos com retalhos de tecido e bandeirinhas de papel, por exemplo, pedem cuidado redobrado, por serem materiais que pegam fogo com facilidade.
  • Os extintores de incêndio e a sinalização das saídas de emergência têm de estar bem localizados.

Organização do evento

  • Elaborar um croqui do local com todas as estruturas a serem montadas.
  • Mensurar o quantitativo de pessoas que participarão do evento e, principalmente, determinar a quantidade máxima.
  • Dar especial atenção às saídas de emergência. Elas devem estar sinalizadas e dimensionadas para evacuar o público em caso de perigo.
  • Planejar a infraestrutura com banheiros químicos e acessibilidade para pessoas com deficiência. Em eventos maiores, com palco, arquibancadas e geradores, é obrigatório que empresas especializadas sejam contratadas, pois elas dispõem de engenheiros ou arquitetos para acompanhar a montagem, elaborar memoriais descritivos e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT).

Em caso de dúvidas, denúncias e reclamações, ligar para a Defesa Civil, nos telefones (61) 3361-2154 e (61) 3361-1159.