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12/06/2015 às 11:36
De janeiro a maio, foram recebidos 6.065 litros — 925 a menos do que no mesmo período de 2014
Os bancos de leite humano da Secretaria de Saúde receberam 6.065 litros do alimento de janeiro a maio deste ano. Em igual período de 2014, foram 6.990 litros — uma diferença de 925 litros. Nesse mesmo intervalo de tempo, em 2014 e em 2015, respectivamente, o número de doadoras passou de 2.362 para 2.289, e o de crianças atendidas, de 3.918 para 3.558.
De acordo com a coordenadora do Programa de Aleitamento Materno e dos bancos de leite humano da Secretaria de Saúde, Miriam Santos, é preciso elevar os números de 2015. “Este ano não conseguimos nenhuma vez ainda coletar o mínimo de que precisamos, que é 1,5 mil litros de leite por mês”, informa. Em alguns casos, como no Hospital Materno-Infantil de Brasília, o estoque — que pode ficar armazenado por até seis meses — é consumido em uma semana.
“Além de [a doadora] alimentar o filho dela, está contribuindo para salvar a vida de alguém”, incentiva Miriam. “Os bebês que recebem esse leite são frágeis, doentes e por algum motivo não podem ser alimentados pelas mães; esse leite é extremamente importante.”
Coleta em domicílio
Para doar, as mulheres que estão amamentando devem ligar para o número 160, opção 4. Um cadastro será feito e, em até 72 horas, um novo contato é estabelecido com a mãe para agendar a ida de militares do Corpo de Bombeiros à residência. O serviço de coleta domiciliar é fruto de parceria entre a corporação e a Secretaria de Saúde.
Na primeira visita, as doadoras recebem o kit para doação, com máscara, gorro e recipiente de vidro com tampa plástica. Além disso, são repassadas as instruções sobre como retirar o leite. A secretaria mantém contato para acompanhar o andamento das coletas e marcar novas visitas, nas quais a equipe troca os recipientes cheios por outros vazios, prontos para nova doação. De 1º de janeiro a 31 de maio deste ano, foram feitas 11.346 visitas domiciliares. No mesmo período de 2014, elas chegaram a 12.441.
O leite humano também é recolhido no Entorno do DF (com exceção de Planaltina de Goiás, que coleta o próprio leite e manda para o Distrito Federal). De acordo com Miriam, nesses municípios não há unidade de terapia intensiva para crianças, por isso, elas são trazidas para os hospitais de Brasília, e o leite doado pelas mães dessas regiões, também.
A advogada Marina Holanda, de 30 anos, é mãe de duas meninas e doa leite desde fevereiro deste ano — um mês após a segunda filha nascer. “Como mãe de duas, eu entendo o quanto é satisfatório amamentar”, declara. “Saber que outra mãe não pode é de partir o coração; realmente inspira a doar.”
Controle de qualidade
O material colhido é encaminhado a um dos dez bancos de leite da Secretaria de Saúde. Ao chegar, para conservá-lo, o leite passa pelo processo de pasteurização e controle de qualidade. Depois, é devidamente guardado com as informações sobre o material e usado de acordo com a necessidade das crianças.
A doação de potes para armazenamento de leite é bem-vinda. A única exigência, de acordo com Miriam, é que eles sejam de vidro e a tampa, de plástico. Assim, é possível esterilizá-los e reutilizá-los. Para doar recipientes, basta ligar para o número 160, opção 4.
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