12/06/2015 às 14:38

Políticas de desenvolvimento sustentável em Brasília são tema de seminário

Evento no Palácio do Buriti visa integrar esforços dos órgãos ambientais e das administrações regionais

Por Étore Medeiros, da Agência Brasília


. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Atualizado em 12 de junho de 2015, às 13h08

As políticas de desenvolvimento em sintonia com a natureza são o mote do Seminário Brasília Sustentável, que ocorre no Palácio do Buriti nesta sexta-feira (12). A iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente busca integrar as ações da pasta e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) com o trabalho desenvolvido pelas administrações regionais. O evento contou com a participação, como convidada especial, da ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva.

Logo na abertura do evento, o governador Rodrigo Rollemberg ressaltou a prioridade dada pelo Executivo local à promoção do desenvolvimento sustentável. O encerramento das atividades do Lixão do Jóquei — com a implementação efetiva da coleta seletiva e da reciclagem —, os projetos Brasília nos Parques e Brasília Solar e a realização do Fórum Mundial da Água, em 2018, foram citados como exemplo do compromisso do governo de tornar a capital referência em crescimento e desenvolvimento em harmonia com a natureza. “Para que isso aconteça, todos devemos estar imbuídos dos mesmos propósitos”, reforçou.

“Brasília vai ser sim modelo de desenvolvimento sustentável”, sustentou André Lima, secretário do Meio Ambiente, falando do desejo demonstrado pelos administradores regionais de aumentar a integração e a participação nas ações da pasta e do Ibram. Lima ressaltou a receptividade dos secretários de governo em atender às demandas ambientais.

Marina Silva valorizou os esforços do governo de Brasília para implementar uma agenda ambiental consistente. “O tema da sustentabilidade, por muito tempo, foi visto como uma luta de meia dúzia de pessoas, do verde pelo verde. Mas os recursos já não são tão abundantes como se imaginava”, ponderou, concluindo que cuidar da natureza é fundamental para que superemos o que classificou como uma “crise civilizatória” de toda a humanidade.

Rollemberg agradeceu a participação da ex-senadora e valorizou a experiência da acriana nos temas em debate. “A sua presença é inspiradora, por tudo o que você representa para o desenvolvimento sustentável do País, pelo que fez à frente do Ministério do Meio Ambiente e como senadora.”

Participação
A presidente do Ibram, Jane Vilas Bôas, explicou que as questões mais práticas e cotidianas do relacionamento com as administrações regionais serão aprofundadas em uma oficina nas próximas semanas. “Temos uma parceria natural e obrigatória com os administradores, pois há uma série de temas, como licenciamento, fiscalização e gestão dos parques, que necessariamente passam por eles.”

André Lima defendeu uma união de esforços mais concreta e menos burocrática. “Nem tudo precisa passar pelo secretário ou vir por ofício. O que precisamos é de uma integração real, no dia a dia da gestão”. O titular do Meio Ambiente valorizou a presença de Rollemberg e do vice-governador, Renato Santana, que reforçaram a importância da sustentabilidade para o governo. O seminário também contou com a participação de secretários de Estado, subsecretários, técnicos e representantes de diversas áreas da administração pública distrital.

Diálogo
Os caminhos para superar os desafios socioambientais, apontou Marina Silva, também passam pelo diálogo com a população, que confere “sustentabilidade política” às ações de governo. O secretário do Meio Ambiente reforçou a ideia e destacou a importância das administrações regionais neste contexto, já que são elas que o cidadão procura no dia a dia, para denunciar, fazer demandas ou proposições.

“Os desafios são muito grandes nesta agenda, mas eu pude perceber que há um desejo de integração de políticas para fazer de Brasília uma cidade sustentável”, comentou a ex-ministra do Meio Ambiente. “Fiquei feliz de constatar que nesses seis meses de governo há um esforço grande de encarar os problemas e desafios e de fazer com que se tenha uma nova perspectiva da gestão pública, de servir à comunidade”.

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