17/06/2015 às 18:14, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Renda da população de Brazlândia registra aumento

Divulgada nesta quarta-feira (17), Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios traça o perfil socioeconômico da região administrativa

Por Isaac Marra, da Agência Brasília


. Foto: Tony Winston/Agência Brasília-2.6.2015

Atualizado em 17 de junho de 2015, às 17h42

O valor das rendas domiciliar e per capita e o número de casas com automóveis aumentou em Brazlândia em comparação com dados de 2013 e 2011. O total de moradores com nível superior completo também cresceu. Por outro lado, ficou maior o índice de analfabetos. Os números são da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2015, divulgada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) na tarde desta quarta-feira (17).

Perfil de Brazlandia 2015 AgenciaBrasiliaO estudo, feito a partir de dados coletados de janeiro a março, traça o perfil socioeconômico da região administrativa e aborda questões como infraestrutura, engajamento social dos moradores, migração, estudo, trabalho, rendimento, origem e posse de bens, equipamentos e serviços, entre outros aspectos.

Em entrevista coletiva à imprensa, o presidente da Codeplan, Lucio Rennó, disse que o aumento da renda em Brazlândia merece ressalvas. “O nível mantém certa estabilidade, mas ainda está muito abaixo da média do Distrito Federal.” A renda per capita de R$ 983,13, constatada em 2015, continua inferior aos R$ 1.647,13 registrados no DF em 2013. A renda por domicílio na unidade da Federação — de R$ 5.545,51 em 2013 — bate, com folga, os R$ 3.239,73 registrados em 2015 na região administrativa.

No entanto, Rennó destaca que, graças à facilidade de crédito, a população ampliou a capacidade de adquirir bens de consumo, como TV a cabo e automóvel, importantes para melhorar a qualidade de vida. “As pessoas parcelam o pagamento em muito tempo e isso acaba não pesando tanto nos salários, já que a maioria não tem gastos com aluguel.”

Evolução de indicadores
A pesquisa revela que a renda mensal per capita subiu de R$ 793,90 em 2011 para R$ 983,13 em 2015. A domiciliar cresceu, no mesmo período, de R$ 3.020,19 para R$ 3. 239,79. A quantidade de automóveis por domicílio também é maior: passou de R$ 46,63% a 67,44%.

O número médio de pessoas por domicílio — 4,06 em 2011 e 3,37 neste ano — foi o único a registrar queda no período, enquanto a quantidade de lares com TV por assinatura mais que quadruplicou, de 7,72% há quatro anos para 33,62% em 2015.

Trabalho e estudo
A população ocupada se concentra essencialmente no comércio e no setor de serviços gerais, e mais da metade (53,76%) trabalha na própria região. Pessoas com nível superior completo representam hoje 7,27% dos residentes em Brazlândia, número que, em 2011, era de 4,74%. Quanto ao nível de escolaridade, a população concentra-se na categoria dos que têm ensino fundamental incompleto — 36,79% dos responsáveis pelos domicílios — e médio completo (25,37%).

Perfil
As mulheres são 52,76% da população, estimada em 52.287 habitantes. Dos residentes na região administrativa, 54,71% declararam ser pardos. Cerca de 43% dos moradores está em Brazlândia há 25 anos ou mais.

Dos 15.515 domicílios urbanos, 89,85% são casas. A taxa de imóveis próprios chega a 68,28%. A faixa etária predominante é de 40 a 59 anos, com 25,97%. Do total da população, 58,78% declararam ser católicos.

Em Brazlândia, 32,77% contam com notebook/netbook e 41,02%, com microcomputador. O tablet está presente em 16,28% dos domicílios. O telefone fixo é encontrado em 52,64% das residências, o celular pós-pago em 19,24%. O celular pré-pago atinge percentual de 86,68% de presença nos lares.

Outra particularidade diz respeito ao tipo de transporte utilizado para chegar ao serviço. Enquanto 45,50% dos moradores usam o ônibus, 19,37% fazem o trajeto a pé. Automóveis são os escolhidos por 23,42% dos habitantes.

Infraestrutura domiciliar
O abastecimento de água beneficia 93,66% das moradias, e há energia elétrica em 99,58% das casas. O recolhimento de lixo contempla 98,52% dos domicílios — desses, 88,16% têm coleta seletiva. Em relação ao esgotamento sanitário, 89,64% das habitações utilizam a rede geral de coleta e 10,36% usam fossa rudimentar (7,19%) ou séptica (3,17%).

Em relação à existência de problemas ambientais nas proximidades das casas de Brazlândia, a pesquisa da Codeplan observou inexpressiva quantidade de erosões, esgoto a céu aberto, áreas alagadas e ruas esburacadas.

Estão em fase de conclusão os estudos sobre a realidade socioeconômica de Planaltina e do Paranoá. Os dados serão divulgados pela companhia em junho e julho, respectivamente.

Acesse a pesquisa completa de Brazlândia

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