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16/07/2015 às 14:43, atualizado em 01/02/2017 às 20:39
Algumas foram retomadas, outras reiniciadas. Saiba também o que será feito no segundo semestre
Diante da reduzida capacidade de investimento causada pela crise financeira, o governo de Brasília adota medidas criativas para manter um cronograma de obras. Por meio de financiamentos, receitas próprias ou remanejamento de recursos, o Executivo iniciou e retomou empreendimentos. Também definiu projetos que terão início no segundo semestre. Na manhã desta quinta-feira (16), na Residência Oficial de Águas Claras, o governador Rodrigo Rollemberg e integrantes de sua equipe apresentam a situação de cada um. As intervenções para melhorar a mobilidade se destacam, mas há verbas volumosas destinadas a construções nas áreas social, cultural e esportiva.
O aposentado João de Deus Costa tem 62 anos, 26 vividos no Paranoá. A vista da janela da casa dele, na Quadra 21, nunca foi das mais aprazíveis: mato alto, lixo amontoado e esgoto. No início do ano, a paisagem começou a ser alterada. Agora, máquinas e homens trabalham para transformar o lugar numa espaçosa praça comunitária com bancos, cadeiras, pista de skate e calçada com piso tátil.
O empreendimento integra um complexo de obras de infraestrutura nos arredores do Setor Habitacional Parque do Paranoá, onde o governo de Brasília deve entregar 4.384 residências até dezembro. “Só quem vive aqui sabe o quanto essa obra é importante, principalmente para quem tem filhos e netos, que vão poder se divertir em um lugar cheio de atrações e com segurança”, diz João de Deus.
Outra intervenção em andamento é a ciclovia da Vila Basevi, em Sobradinho. Anunciada em 27 de maio pelo governador, a pista está quase pronta. Os ciclistas já podem usar o 1,462 quilômetro de faixa exclusiva para bicicletas que liga o Lago Oeste à Escola Classe da Vila Basevi. Faltam detalhes como o plantio de grama e a instalação de canaletas para escoar a água da chuva.
Quem reside na região administrativa e utiliza transporte público também tem o que comemorar. O Terminal Rodoviário de Sobradinho II será entregue em breve e vai tornar mais confortável a vida de motoristas, cobradores e passageiros. O espaço terá lanchonete, banheiro adaptado a pessoas com deficiência e pontos de embarque e desembarque bem iluminados e protegidos do sol e da chuva. Hoje, a espera pelos coletivos é em um local improvisado, ao relento. Outras nove plataformas estão com construções avançadas: no Guará (I e II), no Núcleo Bandeirante, no P Sul (Ceilândia), no Paranoá, em Taguatinga Norte, em Taguatinga Sul, em Planaltina e no Cruzeiro Novo.
No outro extremo de Brasília, no Setor Habitacional Sol Nascente, em Ceilândia, as obras em curso de drenagem, pavimentação e construção de uma bacia de contenção de águas vão beneficiar cerca de 100 mil moradores dos três trechos de uma das regiões mais carentes da cidade. A benfeitoria, neste momento, contempla o Trecho 1 do setor e vai custar R$ 41 milhões.
O Sol Nascente ganhará, até dezembro, um restaurante comunitário. Cerca de 70% das obras estão executadas. Quando inaugurado, vai atender mais de 4 mil pessoas diariamente. As 13 unidades espalhadas pelo Distrito Federal oferecem comida balanceada por nutricionistas ao preço de R$ 1 o prato.
Ainda na maior e mais populosa região administrativa da capital, o governo anunciou a destinação de recursos para resolver problemas de alagamento. A rede de drenagem de águas pluviais do viaduto da QNN 5/7 será ampliada, auxiliando no escoamento hídrico do local onde duas pessoas — incluindo uma criança de 6 anos — morreram afogadas porque os veículos em que estavam ficaram submersos na parte baixa do acesso. Os acidentes aconteceram em outubro de 2013 e janeiro de 2014.
Em Águas Claras, que tem ruas internas estreitas e sem possibilidade de alargamento, a construção de quatro viadutos deve minimizar um dos principais problemas: os engarrafamentos. Os elevados vão permitir que milhares de motoristas trafeguem com mais fluidez. O empreendimento custará cerca de R$ 12 milhões e deve ser concluído em 2016. Aproximadamente 140 mil pessoas serão beneficiadas. Outro projeto audacioso, de R$ 273 milhões, com previsão de ser concluído em 2018, é a construção do túnel de Taguatinga. O empreendimento deve melhorar o fluxo dos veículos no centro da região.
O governo de Brasília concentra esforços para aumentar a oferta de creches. São 21 construções em andamento em várias regiões administrativas, boa parte delas em estágio avançado. Cada uma terá capacidade para 112 crianças. Serão, portanto, 2.352 meninos e meninas de até 5 anos beneficiados. Na QR 412 de Samambaia Norte, a Creche Sucupira recebe os últimos retoques. A unidade conta com brinquedoteca, playground, salas de aula e berçário. As novas construções se somarão às 87 creches espalhadas pelo DF, que atendem cerca de 14 mil crianças de até 5 anos.
A superlotação dos presídios do DF será minimizada com a ampliação do Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda. Dois novos blocos são erguidos — 77% das obras estão executadas —, o que vai aumentar em 400 a oferta de vagas. Hoje, o CDP tem capacidade para receber 1.212 detentos, mas na primeira semana de julho lá havia 3.421 presos, número que pode flutuar dependendo da quantidade de apenados que entram e saem do sistema diariamente. A mesma quantidade de vagas [400] será aberta no Presídio Feminino do Gama, popularmente conhecido como Colmeia. Lá, 67% das obras de ampliação estão concluídas.
O governo também dá atenção a obras que garantam o pleno abastecimento de água em regiões em desenvolvimento. É o caso do Setor Noroeste. Um reservatório com capacidade para armazenar 5 mil metros cúbicos de água é construído próximo ao Autódromo Internacional Nelson Piquet. A intervenção deve ser finalizada em dezembro e garantirá que não falte água aos moradores do bairro. Com custo estimado de R$ 5 milhões, a novidade beneficiará cerca de 40 mil habitantes.
Na Saúde, a ampliação do Hospital da Criança de Brasília José Alencar é prioridade. Referência no tratamento de câncer infantojuvenil e reconhecida internacionalmente, a unidade será ampliada com o segundo bloco, que vai proporcionar a abertura de mais 202 leitos de internação, 20 de unidade de terapia intensiva e 18 de cuidados intermediários. A terraplanagem na área já começou. A previsão é que o complexo custe R$ 92,7 milhões.
Leia a apresentação do plano de obras.
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