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31/07/2015 às 21:08
Na tarde desta sexta-feira (31), cerca de 40 pessoas assistiram a uma palestra sobre tratamento e foram ao cinema
Cerca de 40 pacientes da Fundação Hemocentro de Brasília portadores de alguma coagulopatia hereditária (como a hemofilia — doença caracterizada por problemas de coagulação do sangue) foram ao cinema na tarde desta sexta-feira (31). A proposta inédita é fazer com que crianças, adolescentes e adultos atendidos no ambulatório da unidade convivam com pessoas que tenham enfermidades semelhantes.
“Uma família sempre dá suporte à outra, é interessante isso e também mostrar a eles que com o tratamento correto eles podem ter uma vida normal”, explica a coordenadora do ambulatório, médica Melina Swain.
A sessão do filme Pixels foi patrocinada por uma empresa privada. Antes do passeio, no auditório do Hemocentro, pacientes e acompanhantes assistiram a uma palestra sobre a profilaxia — tratamento para prevenir sangramentos feito com o fator ausente de coagulação.
O comerciante Diego Wanderson Alves da Silva, de 29 anos, é hemofílico desde os seis meses de vida. Ele conta que nunca pôde jogar futebol nem correr ou andar de bicicleta quando era criança. “Sentia muita dor, não podia fazer esforço nenhum, mas depois da profilaxia posso isso tudo”, relata.
A coordenadora Melina explica que, sem a profilaxia, qualquer atividade — como caminhar — pode desencadear pequenas lesões e hemorragias. “O tratamento é aplicado diretamente no sangue, de uma a três vezes por semana.” Para ser tratado na unidade, o paciente precisa de encaminhamento médico.
Atendimento multidisciplinar
O hemocentro inaugurou o ambulatório para coagulopatias hereditárias em 2012. Aproximadamente 500 crianças, adolescentes, adultos e idosos são atendidos por uma equipe multidisciplinar com assistente social, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, ortopedista e psicólogo. Antes, os pacientes eram direcionados ao Hospital de Apoio de Brasília.
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