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02/08/2015 às 12:27
A quarta fase da operação Verde-Vivo inicia-se com reforço na quantidade de militares para prevenir queimadas e conscientizar a população
Brasília se prepara para os meses mais críticos de seca. A combinação de umidade baixa e ventos fortes faz aumentar os incêndios florestais, principalmente em agosto e em setembro. Em 2014, foram registradas 792 ocorrências em julho. Já no mês seguinte, o Corpo de Bombeiros computou 1.321 casos — 66,79% a mais. De abril até 30 de julho deste ano, ocorreram 1.036 chamados para apagar incêndios em matas. No período, as chamas devastaram 1.161,3 hectares de vegetação, números que colocaram os bombeiros em alerta. A intenção é trabalhar a fim de minimizar os efeitos da escassez de chuva na temporada mais severa da estiagem.
De acordo com o comandante do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, tenente-coronel Gláuber Anderson Martins de La Fuente, as ações de combate às queimadas serão intensificadas para tentar reduzir os danos à natureza. Em circunstâncias normais, a unidade conta com 150 militares e 36 viaturas atuando diariamente. A partir de segunda-feira (3), com o início da quarta fase da operação Verde-Vivo, o efetivo subirá para 200 bombeiros e 46 veículos. “Quanto mais avançamos para o período crítico, mais reforçamos a quantidade de pessoal, de viaturas e de materiais”, informou La Fuente.
Conscientização
O Corpo de Bombeiros estima que 98% dos incêndios são causados por ações humanas, como queimas de podas de árvores ou de lixo. “Essas pessoas colocam em risco a natureza e a sua própria saúde”, afirma o subsecretário de Áreas Protegidas, Cerrado e Direitos dos Animais, da Secretaria do Meio Ambiente, Rômulo Mello. A fumaça pode causar irradiação na pele e envelhecimento. Já a fuligem contribui para problemas respiratórios.
A seção de ensino do grupamento militar dos bombeiros promove ações de conscientização ambiental nas áreas rurais de Brasília. Os praças e oficiais ministram palestras para explicar como um incêndio se inicia, como combatê-lo e os cuidados que devem ser tomados. A população aprende ainda a confeccionar abafadores — equipamento composto por um cabo preso a um retângulo de borracha que serve para eliminar princípios de fogo.
Prevenção
Para evitar que áreas rurais ou ecológicas peguem fogo, é utilizada a técnica de aceiro negro, que consiste em queimar ou carpir faixas de 5 a 10 metros da vegetação e criar um corredor de bloqueio de faíscas. “Sacrificamos uma área menor para proteger uma maior”, esclarece o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, do Jardim Botânico de Brasília, Rogério Cruz.
Uma equipe formada por funcionários do Jardim Botânico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal e da Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília (UnB) utilizou a técnica por 16 quilômetros de vegetação — da Reserva Ecológica do Jardim Botânico, passando pela reserva do IBGE, até a Fazenda Água Limpa — na terça (28) e na quarta-feira (29) da semana passada.
Telefone de emergência dos bombeiros: 193
Mais informações sobre palestras em áreas rurais: 3901-2927
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