14/08/2015 às 14:31

Governador e empresários debatem sugestões para aquecer o turismo

Principais temas abordados destacam a concessão de espaços públicos à iniciativa privada e a revisão da tributação fiscal

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


Secretário de Turismo, Jaime Recena, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, governador Rodrigo Rollemberg e o presidente do Sindeventos-DF, Francisco Maia Farias
Secretário de Turismo, Jaime Recena, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, governador Rodrigo Rollemberg e o presidente do Sindeventos-DF, Francisco Maia Farias. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Atualizado em 14 de agosto de 2015, às 12h39

“Brasília não é só o Plano Piloto, mas Ceilândia, Taguatinga e todas as regiões que compõem o Distrito Federal”, enfatizou o governador Rodrigo Rollemberg. A afirmação foi durante um café da manhã, nesta sexta-feira (14), em reunião com o Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Distrito Federal.

No encontro, no Centro de Eventos e Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio, o líder do Executivo respondeu às reivindicações do setor para alavancar o turismo local.

Entre as demandas, estão a revisão de impostos sobre serviço cobrados para utilização dos locais de eventos, as concessões de espaços à iniciativa privada e a execução de projetos em parceria com a Secretaria de Turismo (Setur).

Rollemberg recebeu uma carta de solicitações e acrescentou: “Colocar em prática a concessão dos espaços públicos é fundamental”. De acordo com ele, deixar a cargo do empresariado locais como Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Torre de TV, Pavilhão do Parque da Cidade e Centro de Convenções vai assegurar maior rotatividade de programações capazes de gerar emprego e renda.

Além da Esplanada
De acordo com o secretário de Turismo, Jaime Recena, o grande desafio é mostrar que Brasília vai muito além da Esplanada dos Ministérios. “Existem outras possibilidades nas regiões administrativas para atrair os visitantes”, garantiu o chefe da pasta. “Vários parques, diversidade gastronômica e cultural e um sincretismo religioso visto em poucos lugares fora daqui”, completou.

Para o presidente do sindicato de eventos, Francisco Maia, as iniciativas pretendem colocar a cidade em destaque nacional e internacional. Exemplo disso serão as Olimpíadas Rio 2016, quando Brasília vai sediar algumas disputas em agosto. Segundo a Setur, cerca de 400 mil pessoas devem vir ao DF durante a competição.

Recuperação econômica
No encontro, Rodrigo Rollemberg abordou questões que provocam impacto no mercado turístico. Sobre possíveis mudanças na Lei nº 4.092, de 2008, conhecida como Lei do Silêncio, ele acredita que é importante chegar a um consenso entre comerciantes e moradores: “Apenas a partir desse ponto a legislação terá avanço”.

Quanto ao projeto de lei complementar que altera o artigo 24 da Lei Complementar n° 766, de 19 de junho de 2008 — mais conhecida como Lei dos Puxadinhos —, o governador informou que os debates estão sob responsabilidade da Secretaria de Gestão do Território e Habitação e prometeu acompanhar o andamento do processo.

Em relação às alterações na cobrança de impostos sobre as diversas atividades do setor, Rollemberg pediu cautela, porque o momento é de recuperação econômica: “O ideal, por enquanto, é encontrar outras formas de promoção do turismo”.

Além do chefe do Executivo, do secretário de Turismo e do presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF, a reunião contou com a presença do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF, Adelmir Santana; e do presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Jael Antônio da Silva.

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