Empresários lançam livro com textos de alunos da rede pública

Atualizado em 18 de agosto de 2015, às 17h19

Alunos da rede pública de Brasília e do Serviço Social da Indústria (Sesi) estiveram na tarde desta terça-feira (18) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães para o lançamento do livro Jovem Escritor — Uma visão cidadã. A obra reúne redações de cem estudantes que participaram de concurso promovido pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal, com o apoio da Secretaria de Educação e da Federação das Indústrias do DF (Fibra). Foram cerca de 300 textos enviados por estudantes de 72 escolas — duas delas do Sesi — sobre cinco temas: educação, segurança, saúde, mobilidade urbana e sustentabilidade.

“Temos aqui um instrumento muito rico com propostas para embasar o governo na elaboração de políticas públicas”, afirmou o presidente do sindicato, Pedro Henrique Achcar Verano, diante da plateia formada por estudantes. Os autores das três melhores redações de cada categoria receberam um vale de R$ 500 para ser gasto com livros. O prêmio foi entregue durante o lançamento, com a presença do governador Rodrigo Rollemberg, do secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, e do presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar. “Sei que vou ler neste livro muitas ideias e recomendações com o olhar especial das crianças; essa é uma bela iniciativa para estimular a criatividade e o senso crítico dos nossos alunos”, disse o governador aos estudantes.

O chefe do Executivo falou sobre a importância do hábito da leitura. “Além de ser prazeroso, é um instrumento que ajuda a escrever e a expressar-se melhor.” Diante da plateia, reiterou o compromisso de resgatar a qualidade da educação pública. O secretário Júlio Gregório Filho completou: “Isso faz parte da formação de uma pessoa consciente e que pode dar grandes contribuições à sociedade”.

O presidente da Fibra destacou o sucesso da parceria entre a entidade empresarial e a rede pública de ensino. “É uma maneira de estabelecer metas e ter resultados efetivos para melhorar a qualidade da educação em Brasília”, discursou Bittar.

Educação e mobilidade urbana
Ana Luiza Nóbrega Melo, de 13 anos, ficou em segundo lugar na categoria educação pública. Ela estuda no Centro de Ensino Fundamental 106, no Recanto das Emas. “Coloquei o que eu vejo no meu dia a dia e mostrei com as minhas palavras que, apesar das dificuldades financeiras, a qualidade da educação também depende do esforço e do interesse dos estudantes.” Ela costuma escrever sobre as próprias experiências e já está se sentindo famosa com o fato de ter seu nome publicado em um livro. “Com certeza, será apenas o primeiro de que participo. Quero mais!”

Se Ana Luiza escolheu o tema educação pública, o foco de Natália Santana do Nascimento, de 17 anos, foi outro: mobilidade urbana. “O governo precisa dar mais atenção para a lotação dos ônibus; eles circulam com gente saindo pelas portas e pelas janelas”, observou a aluna do Centro Educacional Taquara, em Planaltina.

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