24/08/2015 às 19:40

Última semana da campanha de vacinação contra a poliomielite

Adesão está abaixo da expectativa e atingiu 34,9% das crianças entre 6 meses e 5 anos desde o início do mês

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde

A uma semana de acabar, em 31 de agosto, a campanha anual de vacinação contra a poliomielite registra pouca adesão. O balanço da Secretaria de Saúde contabilizou 64 mil crianças imunizadas, ou seja, 34,9% do público-alvo. A previsão era atingir 95% das crianças entre 6 meses e 5 anos — correspondente a 183.760 pessoas. “O ideal era conseguirmos ao menos 50% da meta; é uma vacina extremamente importante”, alerta a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto. 

A diretora reforça que é também uma oportunidade para atualizar as carteiras de vacinação infantil: “Este é o momento para isso, vamos identificar caso esteja faltando alguma vacina e administrar as doses de acordo com as faixas etárias”.

Até 31 de agosto, 104 salas estarão abertas, das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, em todas as regionais do Distrito Federal. Crianças com hipersensibilidade a algum componente da vacina, como a estreptomicina ou eritromicina, e pacientes portadores de HIV não devem tomar a dose.

A campanha começou em 15 de agosto. Entre as regiões administrativas com maior número de adesão, estão Gama (53,4%), Paranoá (46,1%) e Santa Maria (42,8%). Entre as de menor participação, destacam-se Taguatinga (23,4%) e Samambaia (25,4%). Em 2013, a Secretaria de Saúde imunizou 91,6% do público-alvo. Em 2014, o alcance foi de 81,6%.

Histórico
O Brasil não tem casos de poliomielite desde 1990, e o último registro no DF é de 1987. Em 1994, o País recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.

Trata-se de doença infectocontagiosa grave. É incomum o paciente morrer quando infectado, mas ele pode adquirir lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A contaminação se dá, principalmente, por via oral.