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25/08/2015 às 00:51, atualizado em 12/05/2016 às 18:03
Funcionários fazem curso para aprimorar, principalmente, a higiene no preparo das refeições. Iniciativa é resultado de convênio do governo com o Sebrae e a associação brasileira do setor
De olho nos turistas que virão a Brasília para assistir às Olimpíadas de 2016 e na própria clientela da cidade, proprietários de restaurantes e bares procuram melhorar a classificação dos estabelecimentos, principalmente em relação à segurança alimentar. Para atingir esse objetivo, a Secretaria de Turismo firmou convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Abrasel-DF) e a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do DF.
A iniciativa começou a se concretizar nesta segunda-feira (24), com o curso de Capacitação em Boas Práticas em Segurança Alimentar, Responsável Técnico e Categorização, que vai até sexta (28). A primeira turma é formada por representantes de 20 empresas do setor. Uma palestra do gerente de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde, André Godoy, abriu o primeiro dia de aulas no Sebrae-DF, no Trecho 3 do Setor de Indústria e Abastecimento.
“O foco da qualificação são questões sanitárias e manipulação adequada de alimentos, de forma a evitar qualquer tipo de contaminação”, explica o secretário de Turismo, Jaime Recena. Brasília é a primeira cidade-sede das Olimpíadas de 2016 — as outras são Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP) — a promover a qualificação desse segmento econômico.
Para estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar, um sistema de categorização outorga três tipos de classificações: A, B e C. O restaurante com o selo A tem um padrão de excelência relacionado à segurança alimentar; o B apresenta uma ou mais falhas de médio ou baixo impacto; e o C registra maior número de irregularidades, mas dentro do limite aceitável pelas normas sanitárias. “Essa categorização não diz respeito ao atendimento nem à qualidade da comida que se serve. Não significa que o restaurante selo A é melhor que o B e nem que o B não está apto a receber clientes”, detalha Recena.
Investimento
O curso terá 15 horas de aulas teóricas e 16 de consultoria por empresa — o equivalente a três visitas para checar a aplicação do conteúdo ensinado em sala de aula —, última etapa antes de o bar ou o restaurante se credenciar a ser categorizado pela Vigilância Sanitária. Cada empresa investiu R$ 300 para participar da formação, valor correspondente a 20% do custo total. O restante é subsidiado pelo Sebrae, que oferece ainda professores, material didático e certificado de participação.
A gestora do projeto Alimentação Fora do Lar, do Sebrae, Ana Emília de Andrade, adianta que a entidade deverá abrir novas turmas, de acordo com a demanda. “Queremos ampliar a capacitação para que os clientes desses estabelecimentos sintam-se seguros em frequentá-los.”
O presidente da Abrasel-DF, Rodrigo Freire, está confiante. Ele acredita que a categorização é um diferencial competitivo para o setor gastronômico de Brasília. “Os turistas de outros países têm como principal preocupação a qualidade do restaurante em relação à segurança alimentar e à higiene”, afirma.
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