26/08/2015 às 13:25

Taxa de desemprego diminui em julho no DF

Estimativa do nível de ocupação ficou em 1,349 milhão de pessoas, 4 mil a mais do que no mês anterior

Por Da Agência Brasília


Coordenadora de pesquisas do Dieese, Adalgiza Amaral; diretor de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Oliveira Cruz; secretário-adjunto do Trabalho e do Empreendedorismo, Alan Ferreira; diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da Codeplan, Aldo Paviani; presidente do Conselho do Trabalho do Distrito Federal, Sebastião Téo; e o economista do Dieese Tiago Oliveira
Coordenadora de pesquisas do Dieese, Adalgiza Amaral; diretor de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Oliveira Cruz; secretário-adjunto do Trabalho e do Empreendedorismo, Alan Ferreira; diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da Codeplan, Aldo Paviani; presidente do Conselho do Trabalho do Distrito Federal, Sebastião Téo; e o economista do Dieese Tiago Oliveira . Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Atualizado em 26 de agosto de 2015, às 13h49

A taxa de desemprego em Brasília diminuiu em julho, se comparada com o mês anterior. A Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada nesta quarta-feira (26), na Secretaria do Trabalho e do Empreendedorismo, mostra que houve variação de 14,2%, em junho, para 13,6%. O número de desempregados está estimado em 212 mil. A pesquisa é realizada pela Secretaria do Trabalho e do Empreendedorismo, pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz, ressalta que, apesar do cenário econômico nacional ser pouco animador, Brasília apresentou queda no desemprego, diferente dos outros entes federativos onde esse índice aumentou. “O estudo leva em consideração apenas as regiões administrativas e não sei como seria o resultado se fosse incluída a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.”

A redução da população economicamente ativa, com a saída de 7 mil pessoas da força de trabalho, foi um dos fatores determinantes para a queda no total de desocupados, segundo aponta o levantamento. A estimativa do nível de ocupação também variou e ficou em 1,349 milhão de pessoas, 4 mil a mais do que no mês anterior. O resultado vem de um aumento de postos de trabalho na indústria de transformação (14%) e, em menor intensidade, no comércio (0,8%). O ramo de construção apresentou oscilação negativa (-1,2%), e o de serviços, relativa estabilidade (-0,3%).

O número de assalariados reduziu em 1,5%, consequência do desempenho negativo dos setores privado (-0,8%) e público (-3,1%). No primeiro, diminuiu a quantidade de pessoas com carteira de trabalho assinada (-1,6%) e aumentou a de sem carteira (4%). A parcela de autônomos ampliou (8,1%), e a de empregados domésticos teve pouca variação (1,2%).

O economista do Dieese Thiago Oliveira afirma que o aumento do número de autônomos no mercado e o de pessoas sem carteira assinada significam a precarização do trabalho. “Isso quer dizer que a população sem emprego está procurando formas para manter a renda na informalidade.”

Regiões
Em junho e julho de 2015, a análise das taxas de desemprego por grupos de regiões administrativas, segundo nível de renda, indica Lago Sul, Lago Norte e Plano Piloto — onde há elevada concentração de poder aquisitivo — com relativa estabilidade na taxa de cidadãos sem trabalho — passando de 7,4%, no primeiro mês, para 7,5%, no seguinte. Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Planaltina, Riacho Fundo, Sobradinho e Taguatinga, com renda intermediária, assinalaram redução de 12% para 11%. Já Brazlândia, Ceilândia, Paranoá, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião, com menor poder aquisitivo, tiveram queda de 16,9% para 16,4%.

“A redução do número de pessoas sem emprego nas áreas mais pobres de Brasília — com renda intermediária e mais baixa — é um dado bastante otimista, pois significa que essa parte da população está buscando alternativas para se manter no mercado”, conclui Bruno Cruz.

Alerta
O presidente do Conselho do Trabalho do Distrito Federal da Secretaria de Trabalho e do Empreendedorismo, Sebastião Téo, diz que os trabalhadores brasilienses estão em alerta máximo. “Vivemos num momento tenso e delicado jamais visto nos últimos 20 anos em relação à falta de emprego; estamos discutindo o plano de recuperação de empregos em razão da crise econômica vivida no Brasil e no mundo.”

Também participaram da apresentação da pesquisa a coordenadora de Pesquisas do Dieese, Adalgiza Amaral; o secretário-adjunto do Trabalho e do Empreendedorismo, Alan Ferreira; e o diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da Codeplan, Aldo Paviani.

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