27/08/2015 às 01:53, atualizado em 11/07/2017 às 17:25

Brasília sedia 2º Encontro Brasileiro de Juventude pela Acessibilidade

Pós-graduada em educação inclusiva, a macapaense Ariane está entre os 50 participantes do evento que segue até sábado (29)

Por Dayane Oliveira, da Agência Brasília

 

. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

A moradora de Macapá (AP) Ariane Pinheiro Luna, de 30 anos, é pós-graduada em educação inclusiva. Nasceu prematura, quando a mãe estava com seis meses de gestação, e a falta de oxigenação durante o parto causou uma sequela motora. A paralisia cerebral é leve, mas mesmo não tendo pleno controle de todos os movimentos do corpo isso não a impediu de lutar pela garantia à acessibilidade. “Não adianta ficarmos atacando os outros; o que você, cidadão, está fazendo para mudar a realidade, para desconstruir mentalidades?”, questiona com um sorriso no rosto. A bacharel em direito está entre os 50 jovens de dez estados do Brasil que participam do 2º Encontro Brasileiro de Juventude pela Acessibilidade.

Iniciativa da organização não governamental (ONG) Escola de Gente, o evento começou nesta quarta-feira (26) e segue até sábado (29), no Centro de Convenções Israel Pinheiro, na QL 32 do Lago Sul. Um dos objetivos é formar agentes de promoção da acessibilidade para agir em situações nas quais o direito à comunicação de uma pessoa com deficiência seja violado. Ariane é coordenadora de Mobilidade e Acessibilidade Urbana da Prefeitura Municipal de Macapá. “Sairemos daqui qualificados sobre muita tecnologia de acessibilidade, e poderei divulgar o que aprendi na minha cidade”, adianta.

Abaixo-assinado
Com o tema Políticas Inclusivas: Juventude, Participação e Acessibilidade, os quatro dias terão diversas palestras e oficinas de teatro acessível. Na programação, consta ainda uma visita ao Congresso Nacional para entregar um abaixo-assinado em favor da aprovação do Projeto de Lei Complementar n° 124, de 2014, que institui o Dia Nacional do Teatro Acessível.

De acordo com a fundadora da ONG, Claudia Werneck, a ideia de fazer o encontro em Brasília, além da influência política da capital, foi também uma maneira de homenagear a esposa do governador Rodrigo Rollemberg, Márcia Rollemberg, pela colaboração dela com a causa enquanto trabalhava no Ministério da Cultura.

O evento conta com apoio do Executivo local que cedeu um intérprete da língua brasileira de sinais (libras) da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

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