30/08/2015 às 18:26

Diversas gerações encontram-se no Guará II para rua de lazer

Pela segunda vez, Rota 156 leva à avenida central a velha e a jovem guardas de moradores da região

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Considerada por muitos uma cidade-dormitório, a região administrativa do Guará ainda preserva aspectos do Distrito Federal das décadas de 1980 e 1990, como rodas de dominós nas praças no fim da tarde e crianças andando de bicicleta depois da aula. A manhã deste domingo (30) foi uma constatação dessas peculiaridades. Pela segunda vez, o Coletivo 156, em parceria com a administração regional e outros órgãos do governo de Brasília, promoveu um grande dia de lazer na avenida central que reuniu diversas gerações. 

A estimativa da Polícia Militar é de que 8 mil pessoas passarão pelo local até as 17 horas. “Trazer a comunidade para a rua nada mais é do que proporcionar a ocupação social dos espaços públicos”, assinala Rafael Souza, um dos responsáveis pela organização do evento. A terceira edição, segundo ele, deverá ocorrer no último domingo de setembro (27).

Morador do Guará desde 1979, o historiador Luciano Lima, de 44 anos, e a esposa, a bancária Mônica Penna, de 39, disseram que a iniciativa os fez lembrar de eventos semelhantes tempos atrás. “Em 1991, eu ajudei a organizar um lazer desse tipo aqui”, conta Lima. O filho Pedro Henrique, de 19, pretende seguir os caminhos do pai e perpetuar a tradição. “Quando eu for pai, quero que as crianças conheçam a história daqui e criem vínculos de amor com esse lugar”, destaca o estudante de Educação Física.

Para o administrador interino e vice-governador de Brasília, Renato Santana, o Guará tem um traço singular. “Aqui se reúnem características da modernidade a hábitos costumeiros como esse de vir para a rua, de trazer a família e aproveitar o que a região tem de melhor”, exemplifica.

Entre outras atrações, quem foi ao evento pôde conhecer melhor o Clube de Regatas Guará. O mais antigo time de futebol em atividade do DF tem o título de Campeão Brasiliense de 1996, mas ostenta como maior mérito ter revelado o zagueiro Lúcio, capitão da Seleção Brasileira na conquista do pentacampeonato mundial, em 2002.

Outros campeões
Personalidades de outros esportes que moram nas redondezas prestigiaram o programa, como a ponteira de voleibol Paula Pequeno, campeã mundial (2005 e 2008) e olímpica (2008 e 2012). Além dela, os frequentadores tiraram fotos e selfies com o ala Arthur Belchor, quatro vezes campeão brasileiro de basquete (temporadas de 2006-2007, 2009-2010, 2010-2011 e 2011-2012) e uma das Américas (2008-2010). “Nasci aqui e tenho o maior prazer de participar desse cotidiano”, comenta o craque, enquanto aproveita o descanso dos treinos antes do início da temporada do torneio Novo Basquete Brasil, em outubro.

Também foi possível saber um pouco da história da região por meio da música. Originalmente associada ao reggae, ao som desse gênero, várias tendas mostravam bandeiras e adereços alusivos ao jamaicano Bob Marley, ícone do estilo.

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