13/09/2015 às 11:30, atualizado em 12/05/2016 às 17:47

Para mais da metade dos brasilienses, reajuste na taxa de iluminação pública será de até R$ 4,09

Se aprovado pela Câmara Legislativa, aumento garantirá serviços de manutenção e melhoria da infraestrutura

Por Amanda Martimon, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O reajuste de 32,5% sobre a contribuição de iluminação pública, proposto pelo governo de Brasília no início de setembro, representará para a maior faixa de consumidores aumento de até R$ 4,09 no valor mensal da conta de energia elétrica. Se aprovado pelos deputados distritais, valerá a partir de janeiro de 2016 e permitirá a manutenção de serviços e a melhoria na infraestrutura, com instalação de mais pontos de luz pela cidade.

valores iluminacao publica AgenciaBrasiliaDe acordo com dados da Companhia Energética de Brasília (CEB), dos 908.041 consumidores residenciais do Distrito Federal, o aumento será de no máximo R$ 4,09 para 570.313. Destes, 254.911 terão adicional de R$ 2,03. Ficarão isentos da taxa, por consumir menos de 80 quilowatt-hora, 162.521 moradores.

Essa contribuição é proporcional ao consumo. Assim, quanto menores os gastos dentro de uma residência, menor a taxa referente ao serviço público. O reajuste não incidirá sobre o valor total da conta de luz, mas somente sobre a taxa específica. Por exemplo, se um morador recebe uma fatura mensal de R$ 48,28, dos quais R$ 6,26 equivalem à tarifa de iluminação pública, os 32,5% serão calculados apenas em cima dos R$ 6,26. Ou seja, ele pagará R$ 8,29 de taxa, um acréscimo de R$ 2,03.

Nas classes não residenciais — que incluem comércio, indústria, área rural e serviços públicos — o reajuste também é proporcional ao gasto com energia. De acordo com o porte do estabelecimento, o aumento pode chegar a R$ 191,62, mas para 62,2% dos consumidores não residenciais, o valor adicional variará de R$ 0,64 a R$ 6,58 por mês.

Investimentos
O orçamento de Brasília também foi afetado pelos recentes aumentos na tarifa de energia em todo o País, aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os novos recursos foram revertidos para a União e para a CEB, que utiliza o valor em investimentos na rede de distribuição. A conta de iluminação pública também ficou mais cara para o governo local: saltou de R$ 97,6 milhões, previstos para 2015, para R$ 149 milhões.

Dessa forma, sem o reajuste proposto, o governo terá dificuldades para arcar com os gastos de iluminação pública — o que poderia acarretar em desequilíbrio no orçamento ou comprometimento do serviço. É com a arrecadação da taxa que o poder público paga o consumo dos 287 mil postes espalhados pela capital, além dos serviços de manutenção e das obras de infraestrutura, a exemplo da urbanização de regiões regularizadas recentemente.

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