22/09/2015 às 13:01, atualizado em 12/05/2016 às 17:50

Diferença nos valores das passagens é temporária

Para compensar uma limitação do sistema de bilhetagem, quem tem créditos comprados antes do reajuste pagará quantias menores em determinados trechos até 20 de outubro

Por Paula Oliveira e Samira Pádua, da Agência Brasília


Valor menor em linhas alimentadoras valerá até 20 de outubro ou até acabarem os créditos do usuário
Valor menor em linhas alimentadoras valerá até 20 de outubro ou até acabarem os créditos do usuário. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Atualizado em 22 de setembro de 2015, às 12h49

O governo ajustou o sistema de bilhetagem para se adequar às novas tarifas que entraram em vigor no último domingo (20). Apesar de o novo valor da viagem inteira no Expresso Sul ser de R$ 4, quem ainda tem créditos adquiridos antes do reajuste pagará R$ 2,67 — menos ainda que os R$ 3 da tarifa antiga. Isso ocorre por uma limitação no sistema, que permite apenas uma regra de integração.

Já aqueles que utilizam as linhas alimentadoras do Expresso Sul como circulares desembolsarão R$ 1,50 (o valor reajustado é de R$ 2,25). Essas diferenças valem até 20 de outubro. Depois disso, os créditos que sobrarem serão debitados de acordo com os novos preços. Até essa data, quantias menores também serão pagas por quem realiza outras formas de integração em que a primeira passagem custava R$ 1,50 ou R$ 2,00.

A necessidade de um ajuste transitório nos valores cobrados ocorre porque a regra do sistema de bilhetagem em Brasília é feita em porcentuais. A Secretaria de Mobilidade ilustra a situação com um exemplo: com a tarifa antiga de R$ 1,50, o passageiro pagava, no segundo ônibus, 100% do custo do primeiro, totalizando R$ 3. Com as tarifas novas, quem tem créditos antigos passa a pagar, no segundo trajeto, 77,78% do valor do primeiro: R$ 1,17.

Como o sistema que controla toda a bilhetagem de ônibus de Brasília permite a inclusão de apenas uma regra de integração, é preciso escolher qual porcentual aplicar — 77,78% ou 100%. Segundo o titular da pasta, Carlos Tomé, não há como corrigir essa deficiência a curto prazo, por isso optou-se por aplicar o menor porcentual. “Nós escolhemos esse caminho para não onerar os passageiros além do reajuste que já foi aprovado”, ressaltou o secretário em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22).

No caso das tarifas que custavam R$ 2, o porcentual aplicado no segundo deslocamento é de 33,33%. Dessa forma, a segunda passagem fica a R$ 0,67, totalizando os mesmos R$ 2,67 do exemplo acima.

Segundo o secretário de Mobilidade, essa foi a melhor saída para garantir que os passageiros não arcassem com o prejuízo provocado por limitações do sistema de bilhetagem. Caso se optasse pela porcentagem maior, os passageiros poderiam pagar valor superior à tarifa máxima, que hoje é de R$ 4.

Também participaram da coletiva o diretor-presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), Marcelo Dourado, e o diretor-geral do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Léo Carlos Cruz.

Novas tarifas

Ônibus

R$ 1,50 – R$ 2,25

R$ 2,00 – R$ 3,00

R$ 2,50 – R$ 3,00

R$ 3,00 – R$ 4,00

Linhas alimentadoras do Expresso Sul

R$ 3,00 – R$ 2,25

Metrô

R$ 2,00 (fins de semana e feriados) e R$ 3,00 (dias úteis) – R$ 4,00 (todos os dias; não há mais preços diferenciados)

Linhas rurais

R$ 2,00 – R$ 3,00

R$ 2,30 – R$ 3,00

R$ 2,40 – R$ 3,00

R$ 3,00 – R$ 4,00

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