Governo de Brasília acolherá 30 pessoas com deficiência em residência inclusiva

Atualizado em 23 de setembro de 2015, às 18h56

Trinta pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade serão acolhidas em uma residência inclusiva, que fornece assistência médica, terapia e alimentação, entre outros cuidados. O acordo faz parte de um convênio assinado na tarde desta quarta-feira (23) entre a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social e a entidade socioassistencial Vila do Pequenino Jesus, na QI 26 do Setor de Chácaras do Lago Sul.

As vagas são para jovens e adultos de 18 a 58 anos de famílias de baixa renda. O perfil clínico desses pacientes inclui múltiplas deficiências, e eles dependem de auxílio para realizar atividades básicas, como tomar banho e se alimentar.

O governo vai arcar com as despesas dos novos moradores do local. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, o custo mensal será de R$ 92.553. O convênio, válido por seis meses, tem valor total de R$ 555.318. De acordo com a pasta, os beneficiados foram identificados por meio dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e das Unidades de Acolhimento.

Prioridade
Durante a cerimônia de celebração do convênio, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que a prioridade é dar condições necessárias para o tratamento desses pacientes. “O governo de Brasília tem que cuidar de quem mais precisa.”

O secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Marcos Pacco, ressaltou que, apesar do momento de dificuldade financeira do DF, as pessoas com deficiência não podem ficar desassistidas. “Quem mais sofre nos períodos de crise é quem está em situação de vulnerabilidade. O governo deve dar prioridade a essas pessoas, ainda mais quando se tratam de direitos básicos.”

A colaboradora do governo Márcia Rollemberg também esteve na cerimônia de assinatura do convênio e elogiou a parceria. “É uma medida que visa fornecer direitos de assistência social.”

Doações
O coordenador da entidade Vila do Pequenino Jesus, Jorge Eduardo Daiester, de 41 anos, afirmou que a principal dificuldade da instituição é o fator financeiro. A entidade, que funciona há seis anos, já atendia gratuitamente a 29 pacientes e se mantém com doações. “A filosofia do projeto é dar dignidade às pessoas. A gente acompanha e cuida delas”, disse Daiester, que mora no local com a esposa.

No evento, houve a apresentação da banda Toque Especial. O grupo musical é formado por alunos com deficiência do Centro de Ensino Médio 3, de Ceilândia Sul. Eles iniciaram a cerimônia de assinatura do convênio ao som de É Preciso Saber Viver, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. O grupo também cantou Imagine, de John Lennon, e músicas dos Paralamas do Sucesso e de Bob Marley, entre outras bandas nacionais e internacionais.

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