05/10/2015 às 13:08, atualizado em 10/08/2017 às 16:13

Embaixada da Argentina abre as portas para alunos da rede pública

Quarta visita de projeto-piloto idealizado por Márcia Rollemberg será na quarta-feira (7). Outras representações diplomáticas receberão iniciativa até dezembro

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Colaboradora do governo Márcia Rollemberg, esposa do governador de Brasília
Colaboradora do governo Márcia Rollemberg, esposa do governador de Brasília. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Alunos de escolas públicas de Brasília terão oportunidade de conhecer de perto um pouco dos costumes e da cultura de quem vive na Argentina. Na quarta-feira (7), um grupo visitará a embaixada daquele país. Outros 110 estudantes do Varjão, do Sol Nascente e do Itapoã já participaram do projeto-piloto Embaixadas de Portas Abertas, que começou em maio e atende crianças de 8 a 12 anos. Até o fim do ano, outras representações diplomáticas integrarão a iniciativa.

Márcia Rollemberg, esposa do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e colaboradora do governo, conta que o projeto surgiu de uma conversa com a embaixadora da Áustria no Brasil, Marianne Feldmann. Márcia encantou-se com a beleza e as possibilidades da embaixada e perguntou se Marianne aceitaria abrir as portas para receber alunos de escolas públicas, o que ocorreu em 24 de junho. Além daquele país, foram visitadas as missões representativas dos governos de El Salvador e da Bielorrússia.

No próximo ano, a ideia deve se tornar parte do dia a dia das escolas. “O objetivo é que as embaixadas possam ser mais um espaço para os alunos desenvolverem habilidades, agregarem conhecimento e trabalharem a interação”, explica Márcia, ao destacar que o Embaixadas de Portas Abertas tem como focos, principalmente, o intercâmbio e a imersão culturais.

Revelar talentos
Para o chefe da Assessoria Internacional da Governadoria, Cláudio Heckmann, responsável pela articulação com as representações estrangeiras, um dos intuitos é criar uma rede de descoberta de talentos. “Pretendemos trabalhar em um concurso de habilidades nas áreas de esporte, arte e tecnologia”, adianta. Ele acrescenta que visa transformar o projeto em referência de interação diplomática entre escolas e embaixadas. “Queremos estabelecer cada vez mais parcerias, para incentivar as crianças a pensarem sobre o País, sobre o mundo, sobre o planeta”, ressalta Heckmann.

Antes de ir para as embaixadas, os alunos pesquisam sobre os lugares em sala de aula. Depois, durante a visita, recebem livros e filmes que contam um pouco mais sobre o país estudado. A expectativa, segundo Márcia Rollemberg, é que as instituições escolares também passem a ser visitadas. Assim, os estudantes terão oportunidade de mostrar um pouco mais de Brasília às embaixadas.

Os detalhes da metodologia ainda estão sendo definidos. Mesmo assim, a colaboradora do governo diz que os benefícios já são claros. “Tudo tem sido uma coisa muito preciosa, os olhinhos das crianças brilham a cada descoberta.” A prioridade é dada a escolas inseridas em áreas de maior vulnerabilidade social e aos anos finais do ensino fundamental. O programa busca atender crianças que muitas vezes não teriam condições de conhecer o cotidiano de outro país e abrir oportunidades para que elas enxerguem opções de profissão.

O projeto tornou-se possível graças à parceria entre a Assessoria Internacional da Governadoria, as Secretarias de Educação e de Cultura e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB). Além da Argentina, estão marcadas visitas às Embaixadas da Geórgia, de Angola e da Hungria.

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