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05/11/2015 às 14:48, atualizado em 12/05/2016 às 17:51
Objetivo é encontrar receitas extras que possibilitem a criação de um cronograma para iniciar o pagamento dos passivos em 2017
Atualizado em 5 de novembro de 2015, às 18h50
Em conversa com sindicalistas na manhã desta quinta-feira (5), no Palácio do Buriti, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar alternativas de aumento de receitas que possibilitem o pagamento do retroativo referente à última parcela dos reajustes concedidos na gestão passada a 32 categorias de servidores públicos. Com a proposta, o governo assegura que os direitos dos trabalhadores serão preservados.
Caso surjam fontes extras de arrecadação, os retroativos — de setembro de 2015 a setembro de 2016 — serão pagos a partir de 2017. O início do pagamento da última parcela dos aumentos autorizados em 2013 permanece para outubro do ano que vem, medida condicionada à aprovação de um conjunto de projetos de lei protocolados na Câmara Legislativa.
O grupo de trabalho será constituído por integrantes do governo, lideranças sindicais e membros de outras instituições que queiram contribuir com o processo. “Continuamos os diálogos com os sindicatos com o objetivo de retomar a normalidade dos serviços públicos. Avançamos na criação do grupo e, partir da garantia de receitas, construiremos um calendário de pagamento dos retroativos no próximo ano”, afirmou Rollemberg.
De acordo com o secretário de Fazenda, Pedro Meneguetti, a proposta reafirma a intenção do governo em honrar integralmente os benefícios concedidos ao funcionalismo. “Trata-se de um projeto transparente que demonstra que não vai haver calote”, disse.
A proposição surgiu em meio às tratativas com lideranças do Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades e Economia Mista do DF (Sindser-DF); do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta-DF); e do Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito (Sindetran).
O encontro ocorreu no gabinete do governador e contou com a presença do chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio; do secretário-adjunto de Relações Institucionais, Igor Tokarski; e do secretário-adjunto de Administração, da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, Alexandre Lopes. O deputado federal Rôney Nemer (PMDB-DF) e a presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT), também acompanharam a reunião.
Arquitetos
No início da tarde, o governador reuniu-se com integrantes do Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal. O grupo representa arquitetos, engenheiros, geólogos, geógrafos, meteorologistas e técnicos da área inscritos no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF). A principal pauta também foi o pagamento da parcela do reajuste salarial autorizado em 2013.
Os presentes aproveitaram o encontro para fazer outras reivindicações ao chefe do Executivo local: querem a unificação de todas as carreiras técnicas vinculadas ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF e ao Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia. Rollemberg propôs a criação de um grupo de trabalho com os representantes do sindicato e do governo para discutir as pautas que não causam impactos financeiros ao Estado.
Participaram da reunião o secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade; o secretário-adjunto de Relações Institucionais, Igor Tokarski; e o deputado federal Rôney Nemer (PMDB-DF).
Educação
Depois dos arquitetos, o governador encontrou-se com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas do Distrito Federal e explicou a criação do grupo de trabalho, que será permanente e tratará de outras reivindicações levantadas pelas categorias, além das questões relacionadas ao pagamento do retroativo dos reajustes concedidos em 2013. Rollemberg disse esperar que mais servidores voltem ao trabalho. “Acredito que com isso [criação do grupo] nós criamos condições para que todas as categorias saiam da greve.”
Nova assembleia dos servidores em funções técnico-administrativas da Educação ocorre nesta sexta-feira (6), às 10 horas, em frente à Câmara Legislativa. Os representantes levarão a proposta aceita pelo governo de que os dias parados sejam repostos e que não haja corte de ponto, já que a classe não teve a greve declarada ilegal.
Estiveram na reunião o secretário de Educação, Esporte e Lazer (fusão das antigas Secretarias de Educação e do Esporte e Lazer), Júlio Gregório Filho, e o secretário-adjunto de Relações Institucionais, Igor Tokarski.
Balanço
Para o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, o dia de reuniões com sindicatos foi positivo. “Vamos buscar com muita criatividade sermos mais efetivos na cobrança daquilo que é devido ao Estado, e com isso garantir o pagamento dos reajustes.”
Entidades encerram greve
Ainda na manhã desta quinta-feira, três categorias anunciaram a volta ao trabalho. Em assembleia, os cerca de 8 mil auxiliares e técnicos de enfermagem decidiram suspender a greve iniciada em 7 de outubro e retomar as funções na sexta-feira (6). Já os servidores da Secretaria de Cultura e os músicos da Orquestra Sinfônica voltam ao trabalho na terça-feira (10).
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