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15/11/2015 às 12:10
Com 24 mil metros quadrados do material colocado, primeira fase de etapa inicial da obra alcança 80% de conclusão
Atualizado em 1º de abril de 2016, às 16h37
A primeira fase das obras da etapa inicial do Aterro Sanitário Oeste, entre Samambaia e Ceilândia, alcançaram 80% de conclusão com a instalação de 24 mil metros quadrados de mantas protetoras. Feitas de polietileno de alta densidade, texturizadas nas duas faces e com espessura de dois milímetros, as mantas protegem o solo que receberá os resíduos e evita a contaminação do lençol freático da região. A previsão do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) é que o aterro entre em atividade em meados de 2016.
“A colocação da manta é uma das fases mais estratégicas em um aterro sanitário. Sem ela, o chorume liberado pelos rejeitos, ricos em material orgânico, contaminaria o lençol freático”, explica o diretor-adjunto do SLU, Silvano Silvério. Segundo ele, a estimativa é que toda a manta prevista para esta fase — 44 mil metros quadrados — esteja colocada até o fim de novembro.
À medida que as mantas são instaladas, inicia-se o processo de proteção mecânica, em que são colocadas sobre elas uma cobertura de 50 centímetros de solo. Esse procedimento é necessário para protegê-las de estragos, já que os caminhões que vão transportar os resíduos passarão por cima do material. Por fim, são instalados os drenos de captação de chorume e de gás. Como a manta retém o chorume, o material é coletado e bombeado para tratamento.
Testes
As mantas usadas no Aterro Oeste são comercializadas em bobinas de 5 metros de largura por 50 de comprimento. Os pedaços das mantas são soldados no local de instalação. Esse processo é feito com uma máquina de termofusão. Ou seja, elas são unidas por calor intenso, que resulta em soldas consideradas extremamente seguras.
Além do armazenamento correto para evitar estragos no material, vários testes são realizados. Antes mesmo da comercialização, a empresa responsável faz exames laboratoriais para atestar a qualidade do produto. Já no próprio local de instalação, o material passa por novos testes. Um deles é o de faísca, em que um equipamento é passado pela superfície da manta e produz faísca se houver algum ponto danificado.
O cronograma de obras, de acordo com o SLU, está dentro do previsto. A agilidade na instalação das mantas é essencial para manter o ritmo no canteiro de obras, já que no período de chuvas haverá interrupção total dos trabalhos. A previsão é que eles sejam paralisados por 30 dias, a partir de 20 de dezembro. Mas pode haver alterações no calendário, a depender da intensidade das chuvas nos próximos meses.
O custo para construção do Aterro Oeste e operação durante cinco anos é estimado em R$ 82.745.120, com recursos exclusivos do SLU. Até agora, contudo, nenhum valor foi repassado ao consórcio contratado para o empreendimento. Os repasses mensais só serão depositados quando o local começar a funcionar. O valor a ser pago por mês depende ainda da quantidade de resíduo que chegar por mês ao aterro.
O aterro
A primeira etapa terá quatro células de 25 mil metros quadrados cada uma, sendo que apenas uma delas já é suficiente para começar a receber resíduos e iniciar a operação do aterro. Serão 760 mil metros quadrados, dos quais 320 mil destinados ao recebimento de rejeitos.
Quando a primeira estrutura necessária estiver pronta e for inaugurada, o aterro passará a receber aproximadamente 2,7 mil toneladas de lixo produzidas diariamente em Brasília. Com essa quantidade — que pode sofrer redução caso a coleta seletiva aumente na cidade, o que está no planejamento —, a primeira célula de aterramento teria capacidade para funcionar por um ano e dois meses.
As obras das etapas seguintes serão continuadas paralelamente ao início do funcionamento do local. O aterro foi projetado para receber 8,13 milhões de toneladas de rejeitos e, com isso, ter a vida útil de aproximadamente 13 anos. Em julho, o governo de Brasília retomou as obras paralisadas na gestão passada, fundamentais para que a cidade se enquadre na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010) e na Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981), que determinam a desativação de lixões e a construção de aterros sanitários em todas as capitais do Brasil até 2018.
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