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02/12/2015 às 17:46
Objetivo é ajudar a família a lidar com o problema. Evento faz parte da celebração de dois anos do programa Ame, mas não Sofra, da pasta de Justiça e Cidadania
Familiares e amigos de usuários de drogas vão participar, de 7 a 11 de dezembro, do 2º Seminário de Multiplicadores Sociais de Ações de Apoio às Famílias, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde. Estão programadas sete palestras e dois debates que tratarão, entre outros temas, sobre a importância da família na manutenção da abstinência e a abordagem multidisciplinar na reabilitação de dependentes químicos.
O seminário faz parte da celebração de dois anos do programa Ame, mas não Sofra, da Subsecretaria de Prevenção ao Uso de Drogas, da Secretaria de Justiça e Cidadania. As atividades serão coordenadas por psiquiatras, psicólogos, promotores de Justiça, educadores e terapeutas. Haverá ainda grupos de apoio, depoimentos e exposição de estandes governamentais e não governamentais para prestação de serviços à população.
De acordo com a coordenadora de Apoio às Famílias da secretaria, Gianni Puglisi, as atividades têm foco familiar porque as pessoas ligadas aos usuários de drogas também podem acabar adoecendo. “A aflição, a ansiedade e a vontade de ajudar podem levar a problemas como pressão alta, dores generalizadas e alteração no sono e na alimentação”, destaca. “São desenvolvidos síndrome do pânico, depressão e outros transtornos.”
O programa
Por meio de orientação, encaminhamento a grupos de apoio e informações sobre locais de tratamento, o programa Ame, mas não Sofra atendeu cerca de 2.250 famílias de Brasília e do Entorno em dois anos de existência.
Atendido pela iniciativa, o vigilante Sérgio Alves, de 43 anos, e a mãe, chegou ao grupo em busca de auxílio para lidar com a dependência química do irmão mais novo. “Você pensa que sabe como contornar a situação, mas, quando depara com ela dentro de casa, percebe que não sabe”, conta.
Graças às orientações recebidas, Sérgio conheceu os Centros de Atenção Psicossocial, os Centros de Referência Especializada em Assistência Social e as unidades de acolhimento e tratamento para o irmão.
Sobre os resultados alcançados, a coordenadora Gianni Puglisi afirma que a função do programa não é tirar a pessoa do vício, mas indicar mecanismos para que as famílias se reestruturem e, consequentemente, ofereçam o apoio ideal aos dependentes. “A ideia é aliviar a dor dos parentes e, nesse contexto, estamos alcançando nossa meta”, reforça.