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27/01/2016 às 11:17
Região administrativa recebeu 105 militares do Exército, nessa terça-feira (26), que vistoriaram 655 casas à procura de focos do mosquito transmissor da doença
Brazlândia foi a região administrativa de Brasília que mais teve casos confirmados de dengue neste início de 2016. De acordo com o informe epidemiológico nº 3, da Secretaria de Saúde, foram registradas cem ocorrências no período. Por isso, o governo reforçou no local o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Nessa terça-feira (26), 105 militares do Exército vistoriaram 655 casas à procura de possíveis focos de proliferação do inseto. A operação teve início na semana passada, com média de 900 vistorias diárias, e termina na sexta-feira (29).
Segundo o chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Brazlândia, da Secretaria de Saúde, Alessandro dos Santos, um dos motivos para o aumento do contágio é a proximidade de Brazlândia com Goiás. “Aqui é perto de Ouro Verde [município goiano] e 70% dos habitantes de lá tiveram dengue”, explica. Outra causa para o crescimento em relação ao ano passado, atribui Santos, é o fato de a região administrativa ser considerada uma cidade-dormitório, na qual os moradores ficam fora das casas praticamente o dia todo — devido ao trabalho em outras localidades — e retornam somente à noite.
Por conta dessa característica, cerca de 28% das residências estão fechadas no horário em que os militares passam para fazer as vistorias, calcula o tenente do Exército Damasco, responsável pelo grupamento da Base de Administração e Apoio do Comando Militar do Planalto. “Isso dificulta, porque nos impede de entrar e verificar todos os focos de dengue.”
O diretor de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde, Divino Martins, acrescenta que a chuva mais intensa deste ano aumenta a possibilidade de explosão de mosquitos como o Aedes aegypti, que precisa de água para as larvas se desenvolverem. “Com o índice pluviométrico maior é mais comum que haja surtos dele.”
Martins, que é entomologista, enumera quatro fatores que contribuem para o desenvolvimento da epidemia: abundância do mosquito, circulação de pessoas (que podem se contaminar e levar o vírus de um lugar a outro), clima favorável e depósitos de lixo. “A população e o clima a gente não consegue controlar.”
Chuvas
As chuvas deste ano têm sido maiores do que o esperado para o mês. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a média total de janeiro, desde que começou a ser calculada em 1961, é de 274,4 milímetros. Somente até segunda-feira (25), o registrado em Brasília chegou a 371,5 milímetros.
No ano passado, até 25 de janeiro, havia chovido 53,1 milímetros e, no mês inteiro, foram 93,9 milímetros — quantidade cerca de quatro vezes menor que a registrada nas três primeiras semanas de 2016.
A meteorologista do instituto Ingrid Peixoto classifica janeiro de 2015 como atípico e seco. Segundo ela, dos dias 5 a 21 daquele mês, não choveu. Além disso, Ingrid ressalta que a chuva do ano passado foi 38% inferior à média de todos os anos já calculados.
Início de 2016
Os casos de Brazlândia impulsionaram as estatísticas da dengue na capital. Até o último boletim da Saúde, divulgado em 20 de janeiro, havia 253 casos confirmados em Brasília contra 120 no mesmo período de 2015.
Apesar desse acréscimo, a incidência caiu em 13 regiões administrativas em relação às duas primeiras semanas de janeiro: Asa Norte, Asa Sul, Ceilândia, Gama, Guará, Itapoã, Lago Norte, Lago Sul, Paranoá, Sobradinho, Sobradinho II, Sudoeste-Octogonal e Vicente Pires.
Zika e chikungunya
Casos de contaminação com o zika vírus e da febre chikungunya — também causadas pelo mosquito Aedes aegypti — não apresentaram aumento significativo como a dengue. Conforme a Secretaria de Saúde, nas duas primeiras semanas do ano, registraram-se duas confirmações de zika e uma de chikungunya.
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