31/01/2016 às 21:11

Saúde apura caso de grávida que perdeu bebê em Ceilândia

Paciente sofreu um aborto após receber alta do hospital da região administrativa. Segundo a diretora da unidade, atendimento seguiu procedimento padrão

Por Paloma Suertegaray, da Agência Brasília


Diretora do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), Talita Lemos Andrade
Diretora do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), Talita Lemos Andrade. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A Secretaria de Saúde investiga o caso de uma grávida que perdeu o bebê após ser liberada do Hospital Regional de Ceilândia na madrugada deste domingo (31). A paciente chegou ao local reclamando de dores abdominais depois de ter tido uma discussão pessoal, foi atendida e recebeu alta. Cerca de duas horas depois, sofreu um aborto. A gestante tem 21 anos, mora em Águas Lindas (GO) e está internada no hospital de Ceilândia após passar por uma curetagem.

Em entrevista coletiva na tarde de hoje, a diretora da unidade, Talita Lemos Andrade, afirmou que a mulher recebeu atendimento adequado aos sintomas apresentados, segundo o que consta do prontuário. A gestante deu entrada na unidade de saúde à 0h45 e foi atendida no consultório médico à 1h08. “O exame físico e a coleta de histórico clínico foram feitos de forma pertinente. Ela não apresentava nenhum sangramento nem sinais de estar em trabalho de parto.”

Durante a consulta, foi constatado que a mulher não fazia acompanhamento pré-natal. Ela não soube precisar o tempo de gestação, mas estimou que seria de cinco meses. Após a ginecologista plantonista receitar um remédio para a dor, a jovem foi liberada. “Ela foi orientada a voltar ao hospital se houvesse alguma mudança nos sintomas, além de começar o pré-natal o quanto antes”, acrescentou Talita. Em torno das 3h05, a mãe da paciente voltou ao hospital, carregando o bebê nos braços.

Segundo a diretora da unidade, uma investigação minuciosa será levada adiante para esclarecer detalhes do incidente. “Todas as providências necessárias já foram tomadas. Foi solicitada a necropsia do feto para saber a causa da morte. A equipe médica envolvida será investigada, de forma igualitária e ética”, afirmou Talita. Ainda de acordo com ela, a ginecologista que atendeu a gestante continuará trabalhando, a não ser que as apurações confirmem alguma irregularidade.

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