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29/02/2016 às 14:24
Em algumas regiões administrativas, a diminuição chegou a quase 70%. Políticas do Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida contribuíram para melhorar os números
Atualizado em 29 de fevereiro de 2016, às 15h35
Em Ceilândia, as ocorrências passaram de 90 para 102, e não de 89 para 102. Em Santa Maria, de 37 para 52, e não de 37 para 25.
A política de segurança pública do governo de Brasília contribuiu para a redução de dois delitos que costumam traumatizar as vítimas: o sequestro-relâmpago e o roubo com restrição de liberdade. Em 2015, foram 530 ocorrências registradas, contra 757 em 2014, o que configura diminuição de 30%.
De acordo com levantamento feito pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Paranoá e Sobradinho estão entre as regiões administrativas que apresentaram maior queda nessas duas modalidades criminosas (-69% e -68%, respectivamente).
Na sequência, com 60% a menos, aparece Taguatinga, que em 2014 ocupava o primeiro lugar no ranking de pessoas assaltadas e mantidas sob ameaça de bandidos por algum período. Em 2015, a região administrativa computou 72 delitos dessa natureza a menos em comparação ao ano anterior. Moradores das Asas Sul e Norte também sofreram menos ataques no ano passado. Os casos passaram de 109 para 61 (veja tabela abaixo).
Os roubos com restrição de liberdade representam grande parte dos registros (525 do total de 530). Embora muita gente não saiba, existe distinção em relação aos dois crimes. O sequestro-relâmpago ocorre quando a própria vítima, ameaçada, realiza compras ou saques. Já no roubo com restrição de liberdade, a pessoa também fica aprisionada pelo autor do crime por um determinado período de tempo, mas não é obrigada a tirar dinheiro em caixa eletrônico. Nesses casos, normalmente, os bandidos usam esse artifício para garantir maior tempo na fuga.
Roubo de veículos
O estudo feito pela secretaria demonstra que de 60% a 70% dessas ocorrências têm relação com roubos de veículos. Levando em consideração esses números, a Polícia Militar reforçou o patrulhamento ostensivo em estacionamentos públicos. O subsecretário de Gestão da Informação, da Secretaria da Segurança, Marcelo Durante, destaca ainda as ações do programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida como fundamentais para a melhora das estatísticas. “Quando o Estado aprimora a iluminação pública ou poda árvores de uma região, os bandidos contam com menos locais para se esconder.”
O Viva Brasília é a principal política pública do governo de Brasília para combater a violência. Além de reforçar o policiamento em áreas de maior incidência criminal, o programa instiga a participação de outros órgãos do Executivo — como a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) — a fim de aumentar a sensação de segurança da população. O compartilhamento de informações entre as corporações e a interação dos moradores com as forças policiais são outras características do Viva Brasília. As ações desenvolvidas contribuíram para a queda, em 2015, de 8 dos 11 tipos de crime monitorados com prioridade pelo programa.
Sábado é o dia mais crítico, com 91 ocorrências acumuladas em 2015, ou 17%. O horário das 18 horas à meia-noite concentra 44% dos eventos. Todas as informações são analisadas e, partir delas, as forças de segurança traçam estratégias de policiamento. No início dos meses, quando a maior parte dos moradores da capital recebe o pagamento, a Polícia Militar reforça o patrulhamento no perímetro de agências bancárias.
Das 31 regiões administrativas, somente o Varjão não teve registro de roubos com restrição de liberdade e sequestros-relâmpagos. Em cinco, observou-se crescimento do número de casos. Em Ceilândia, as ocorrências passaram de 90 para 102, um aumento de 15%. Já em Santa Maria passou de 37 para 52, alta de 41%. São Sebastião (de 8 para 9), Lago Sul (de 3 para 4) e Candangolândia (de 2 para 3) são outras áreas que apresentaram um pequeno acréscimo.
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