17/03/2016 às 16:22, atualizado em 12/05/2016 às 18:03

Economia do DF tem retração menor se comparada à média nacional

Último trimestre de 2015 registrou queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o PIB do Brasil apresentou índice negativo de 5,9%

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília

O último trimestre do ano passado registrou retração econômica de 2,5% em relação ao mesmo período em 2014, de acordo com o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF). O indicador mostrou, porém, que a queda foi menor se comparada à média nacional de -5,9%, calculada pelo Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo foi divulgado na manhã desta quinta-feira (17) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), na sede da empresa pública, no Setor de Administração Municipal, no Plano Piloto.

Segundo dados da pesquisa, o resultado do DF não está tão desfavorável quanto o nacional por causa do setor de serviços. Responsável por 93,3% da estrutura produtiva local, o segmento teve variação negativa de 2,1% no trimestre analisado em comparação a 2014. No Brasil, o recuo negativo foi de 4,4% no mesmo período. O acumulado de 2015 mostra que o Idecon-DF registrou -1% frente a -2,7% do PIB.

Serviços de informação
O comércio, que representa 7,7% da economia do Distrito Federal, foi a atividade que mais caiu no quarto trimestre do ano passado, ao assinalar -10,3%. O setor manteve uma trajetória de queda iniciada no segundo trimestre de 2014.

Por outro lado, a atividade de serviços de informação cresceu 0,6% no trimestre e 2,6% no apanhado dos 12 meses. “O setor mostra-se um espaço fundamental para investimento”, avalia o gerente de Contas e Estudos Setoriais, Jusçanio Umbelino de Souza. Ele destaca que serviços de banda larga, telefonia móvel e TV por assinatura representam um mercado a ser explorado.

Trabalho
Conforme destaca o diretor de Estudos e Políticas Sociais, Bruno de Oliveira Cruz, a Codeplan não faz projeções para os trimestres seguintes, mas, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), a tendência é que os próximos resultados reflitam desfavoravelmente na oferta de trabalho na capital federal.

Segundo a PED referente a janeiro de 2016, o contingente de desempregados foi estimado em 257 mil pessoas, 20 mil a mais que no mês anterior. Cruz atribui os resultados à crise econômica nacional, que teve impacto diretamente nas unidades da Federação.

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