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21/03/2016 às 18:35
Extrato do contrato assinado em 17 de março pela Caesb foi publicado nesta segunda-feira (21) no Diário Oficial do Distrito Federal
Foi autorizada mais uma etapa das obras do Sistema Produtor de Água Corumbá 4. O contrato com a empresa ganhadora da licitação para a construção da primeira estação elevatória no DF e da respectiva adutora foi assinado em 17 de março, e o extrato, publicado nesta segunda-feira (21) no Diário Oficial do Distrito Federal. As intervenções se iniciarão após assinatura da ordem de serviço.
A elevatória a ser construída em Valparaíso (GO) — local que abrigará bombas para levar a água de um ponto mais baixo para um mais alto — terá capacidade para receber 1,4 mil litros por segundo. A adutora terá 13 quilômetros de comprimento e 1,3 mil milímetros de diâmetro. O sistema vai transportar água tratada de Valparaíso até Santa Maria, no Distrito Federal.
A nova etapa foi licitada por R$ 79,5 milhões, recurso proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, repassado ao Executivo local. A previsão é que essa fase seja concluída em dois anos, quando todo o sistema ficará pronto.
Convênio
As obras do Corumbá 4 começaram há pouco mais de cinco anos e ganharam velocidade em 2015. As intervenções são resultado de um consórcio entre os governos de Brasília e de Goiás, por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e da Saneamento de Goiás (Saneago). Cada unidade ficou responsável por parte do sistema, que dividirá a água tratada entre as duas unidades da Federação.
A construção do conjunto de captação, da elevatória de água bruta (e da respectiva adutora) e da estação de tratamento de água são responsabilidade comum dos dois governos locais. Ao de Brasília cabem as obras da estação de tratamento e de metade da adutora, além das estruturas que levarão a água tratada às regiões administrativas do DF — que ocorrerão a partir do contrato assinado na semana passada.
O governo ainda trabalha no projeto para instalar outra elevatória no DF, prevista para ficar pronta também em dois anos. A capacidade será a mesma da primeira, 1,4 mil litros por segundo, e o objetivo é levar a água de Santa Maria ao Gama.
Brasília investirá R$ 264 milhões em todo o sistema. Serão usados recursos do PAC. Cerca de 70% das obras em andamento do Sistema Produtor de Água Corumbá 4 de responsabilidade do DF estão concluídas.
Santa Maria é ligada ao sistema da Barragem do Descoberto, responsável por 65% do abastecimento do DF. As barragens de Santa Maria e do Torto representam 25% do fornecimento e o restante fica a cargo de mananciais menores, como do Pipiripau, de Cachoeirinha e do Barrocão.
A previsão é que depois de pronto o sistema aumente em 30% a oferta de água em Brasília. “A obra vai atender a um aumento de consumo devido ao acréscimo populacional previsto para os próximos anos”, esclarece o superintendente de Projetos da Caesb, Stefan Muhlhofer. Segundo ele, há estudos concluídos para até 2040. Além disso, com a construção, o DF terá flexibilidade maior quanto ao abastecimento, pois os sistemas do Descoberto e do Corumbá serão interligados. “Quando uma das cabeceiras estiver com pouca água, teremos a outra para suprir essa falta hidrológica.”
Serão beneficiados pelo Sistema Produtor de Água Corumbá 4 o Park Way, o Riacho Fundo II, o Recanto das Emas, Santa Maria e o Gama e as regiões sul do Entorno.
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