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26/03/2016 às 12:04, atualizado em 09/06/2017 às 15:01
Cinemas, pontos turísticos, culturais e de lazer da capital podem ser encontrados a menos de 2,5 quilômetros de estações, a exemplo da Feira de Ceilândia, uma das mais tradicionais do DF
Atualizado em 28 de março de 2016, às 15h23
Ao contrário do informado anteriormente na legenda da arte, duas estações em Samambaia e duas em Ceilândia são da primeira etapa da expansão do metrô, e não estão em operação.
Lazer, turismo e cultura em Brasília estão acessíveis ao embarcar em vagões das 24 estações de metrô. A cidade subterrânea parte da região administrativa do Plano Piloto para as de Águas Claras, de Ceilândia, do Guará, de Samambaia e de Taguatinga. Conheça algumas opções para explorar a capital sobre trilhos.
Central
Com R$ 4, um morador de Águas Claras, por exemplo, desembarca na Estação Central (Rodoviária do Plano Piloto) e vai a pé até a Feira de Artesanato na Torre de TV, a 1,5 quilômetro de distância. O tempo estimado para o trajeto é 18 minutos.
A caminhada pode ser feita para outros pontos turísticos, como a Esplanada dos Ministérios, também a 1,5 quilômetro de distância. Em 14 minutos, é possível explorar a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, em um percurso de 1,1 quilômetro, e o Museu Nacional da República, a 1 quilômetro. Neste, estão em cartaz quadros da artista plástica chilena Patricia Claro e, a partir de 5 de abril, haverá exposição de Marianne Peretti, responsável por criar os vitrais da catedral. O museu funciona de terça-feira a domingo, das 9 horas às 18h30, e a entrada é franca.
Galeria
Não são apenas os cartões-postais de Brasília que podem ser explorados por quem anda de metrô. Conforme os vagões se movem pelo mapa do Distrito Federal, mais curiosidades e particularidades de cada região mostram-se àqueles que se aventuram. A Estação Galeria, em frente ao Setor Comercial Sul, fica a 1 quilômetro da Caixa Cultural, que abriga exposições gratuitas, além de shows e peças de teatro. A visitação é de terça-feira a domingo, das 9 às 21 horas, nas cinco galerias. Para espetáculos, a bilheteria funciona de terça a sexta-feira e aos domingos das 13 às 21 horas. Aos sábados, das 9 às 21 horas.
No edifício-sede da Caixa, o Átrio dos Vitrais exibe 24 mosaicos que representam as 27 unidades da Federação. Amapá, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão em um mesmo painel. O prédio abre das 8 às 20 horas, de segunda a sexta-feira.
A antropóloga e brasiliense Bruna Pratesi, de 24 anos, fez questão de levar o primo que mora nos Estados Unidos para conhecer os vitrais. “Aqui é bem central, bem localizado. Achei que seria um bom local para mostrar.”
Ainda pela Estação Galeria chega-se ao Museu de Valores do Banco Central, a 600 metros de distância. Abre de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas. No primeiro sábado de cada mês, das 14 às 18 horas.
102 Sul
O Santuário Dom Bosco, a 2,4 quilômetros da Estação 102 Sul, é atração pela arquitetura, pelos vitrais e pelo lustre. De acordo com a Arquidiocese de Brasília, as missas dominicais ocorrem às 8 horas, às 11 horas, às 18 horas e às 19h30. De segunda a sábado, há celebração às 7 horas e às 18 horas.
A professora Elisete Duarte, de 57 anos, mora em Brasília e vai ao templo, na 702 Sul, pelo menos uma vez ao mês. Apesar de dirigir, ela acredita que o metrô facilita o deslocamento. A docente tenta encaixar na agenda um momento para refletir e frequentar o santuário. “É lindo pela arquitetura, mas espiritualmente também.”
108 Sul
Ao desembarcar na Estação da 108 Sul, podem-se caminhar 900 metros e chegar ao Cine Brasília, em aproximadamente 10 minutos. Inaugurado em 1960, o cinema passou por uma ampla reforma em 2011 e foi entregue ao público em 2013. A sala tem capacidade para 619 pessoas — 19 cadeiras são adaptadas para pessoas com deficiência e para obesos. A inteira custa R$ 12. No segundo semestre de cada ano, sedia o tradicional Festival de Brasília do Cinema Brasileiro desde 1967.
Outro ponto que chama a atenção de quem passeia pelas redondezas é a Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Entrequadra 307/308 Sul, conhecida como Igrejinha. O formato da capela, projeto de Oscar Niemeyer, faz referência a um chapéu de freira e o exterior estampa azulejos de Athos Bulcão. O templo está a 800 metros da estação, e as missas ocorrem de terça-feira a sábado às 6h30 e às 18h30; aos domingos, às 7 horas, às 9 horas, às 11 horas, às 18 horas e às 19h30.
Ao sair da 108 Sul em direção às quadras residenciais, chega-se à Superquadra Sul 308, quadra-modelo, tombada como Patrimônio do Distrito Federal em 2011.
A área é considerada um exemplo de como as quadras residenciais deveriam ser. Tem acesso a igreja, a escola, a clube, a posto de saúde, a jardim de infância, a biblioteca e a cinema. No interior, abriga uma praça com espelho d’água.
As características atraem estudantes de arquitetura e de urbanismo de outros países. É o que conta a jornalista e moradora do Guará Conceição Freitas, de 58 anos, que assumiu o comando da banca de revistas da 308 Sul. Livros sobre Brasília e obras de autores da capital compõem o acervo da banca, dedicado a preservar a memória da cidade. “Vêm turistas do mundo todo para cá [a quadra].”
114 Sul
A cerca de 1,2 quilômetro da Estação da 114 Sul, encontra-se o Templo Shin Budista Terra Pura, na Entrequadra 315/316 Sul. O local é aberto para meditações gratuitas na quarta-feira às 19h30 e, no fim de semana, às 9 horas. Em agosto, ocorre a tradicional quermesse budista, que há 46 anos oferece apresentações de danças e comidas típicas japonesas. A entrada é 1 quilo de alimento não perecível (para ser doado) ou R$ 5.
Próximo dali, na 314/315 Sul, é possível assistir a peças no Teatro dos Bancários. A bilheteria abre das 13 às 20 horas, de segunda a sexta-feira. Quando há espetáculo, funciona também nos fins de semana, das 14 horas até o início da apresentação.
Feira
A menos de 100 metros da estação encontra-se a Feira do Guará. O mercado funciona de quarta-feira a domingo, das 8 às 18 horas. Descendo na mesma estação, pode-se ir à Casa da Cultura, com biblioteca pública aberta das 8 às 18 horas. Há espaço para cursos de ioga, taekwondo e dança. Mais informações pelo número (61) 3383-7250.
Águas Claras
Para quem deseja lazer e contato com a natureza, o endereço é a Estação Águas Claras, a 1,1 quilômetro do Parque Ecológico Águas Claras. Com 96 hectares, ele abriga quadras de futevôlei na areia, quadra coberta, ponto de exercícios, brinquedos infantis, laguinho de patos e pássaros diversos.
Praça do Relógio
A estação de Taguatinga fica no ponto central da região administrativa. Considerado patrimônio do Distrito Federal, o relógio que dá nome à praça foi tombado em 1989. O local costuma ser usado em eventos comemorativos, como o aniversário da região.
Ceilândia Centro
Como descreve a cantora de Brasília Ellen Oléria na música Senzala: “A Feira de Ceilândia te oferece o que quiser comprar: peixe, sapato, retrato, colar para te enfeitar”. Famosa por ganhar a primeira edição do programa The Voice Brasil, a artista narra a atividade comercial do lugar, que oferece diversos tipos de produtos.
O metrô é uma opção para quem quer conhecer a feira sem ter de se preocupar com vagas. Ela está a 1,1 quilômetro de distância da Estação Ceilândia Centro e a cerca de 13 minutos a pé seguindo pela Avenida Hélio Prates.
Funcionamento
As estações de metrô abrem de segunda-feira a sábado, das 6 horas às 23h30; no domingo e em feriados, das 7 horas às 19 horas. A passagem custa R$ 4. Mais informações, sobre como transportar bicicletas nos trens ou se inscrever para apresentações culturais, por exemplo, podem ser encontradas no site da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF).
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