02/04/2016 às 00:16

Polo de Arte e Cultura é inaugurado em Brazlândia

Serão ministradas aulas de instrumentos musicais, de artes plásticas e de dança a alunos da rede pública e a moradores

Por Dayane Oliveira, da Agência Brasília


 O Polo de Arte e Cultura de Brazlândia foi inaugurado na tarde desta sexta (1º) pelo vice-governador, Renato Santana, e pelo secretário de Educação, Júlio Gregório Filho
O Polo de Arte e Cultura de Brazlândia foi inaugurado na tarde desta sexta (1º) pelo vice-governador, Renato Santana, e pelo secretário de Educação, Júlio Gregório Filho. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

A comunidade de Brazlândia conta com um espaço voltado para atividades artísticas a partir de hoje (1°). O Polo de Arte e Cultura, na Quadra 3 do Setor Veredas, foi inaugurado com uma programação diversificada nesta sexta-feira. Durante o dia, estudantes da região apreciaram apresentações de viola, dança de rua, catira, capoeira, rap. Existem 20 mil alunos da rede pública de ensino local.

“Se os jovens se encontram em uma padaria, por que não se encontrarem em um polo de cultura onde tem aula de música, de break, de grafite?”, perguntou o vice-governador de Brasília, Renato Santana. Para ele, isso mostra a atenção do governo. “A arte e a cultura não podem ter portões nem correntes. Se houver um espaço degradado, não tenha dúvida de que vamos restaurá-lo.” O secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, também compareceu à inauguração.

De acordo com o coordenador de ensino da Regional de Brazlândia, da Secretaria de Educação, Janduy Procópio Leite Júnior, a ideia de criar o centro veio da necessidade de reinserir jovens com problemas disciplinares em outras escolas. “Aqui oferecemos a eles uma nova forma de olhar o mundo por meio da arte e da cultura. Queremos que eles se sintam acolhidos.”

Saxofone e grafite
No Polo de Arte e Cultura haverá cursos de saxofone, violino, violão, balé, hip-hop, grafite e artes plásticas, nos turnos matutino e vespertino, para estudantes das séries iniciais do ensino fundamental — do 1º ao 5º ano. Os jovens do 6º ao 9º ano, do ensino médio e a comunidade poderão participar à noite de aulas de fanfarra e de jazz band.

O polo foi instalado em um prédio da Secretaria de Educação, que estava cedido para a Universidade de Brasília (UnB) até 2014. A reforma custou R$ 60 mil, com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira. O terreno tem 3,1 mil metros quadrados.

Júlia Fernandes, professora de artes cênicas do Centro Educacional Irmã Maria Regina Velanes Régis, no Núcleo Rural do Rodeador, acredita que ali vai ser um ponto cultural importante para a região. “Só precisamos de base para que as coisas floresçam e se desenvolvam.” Ela planeja levar sempre os alunos ao local. “Com um ambiente assim próximo, a conexão da sala de aula com bens culturais será maior.”

Educador voluntário
Todos os anos a Secretaria de Educação seleciona educadores sociais voluntários para dar apoio nas escolas em atividades pedagógicas ou com alunos do ensino especial. “Eles são importantes para esse auxílio; eles não são professores, podem ajudar em sala de aula”, explicou o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, da Secretaria de Educação, Fábio Pereira de Sousa.

Em 2016, o programa começou em 14 de março e vai até 28 de dezembro. O voluntário também pode trabalhar com teatro, música, dança, jogos, esportes e reforço nas disciplinas. O processo seletivo, de 3 a 9 de março, recebeu cerca de 12 mil inscritos para 3.975 vagas.

Os educadores sociais estão distribuídos nos colégios que oferecem educação integral e que recebem alunos com deficiência da rede pública do Distrito Federal. De acordo com o subsecretário, o objetivo do programa é aproximar a comunidade da escola. “Educação se faz com profissionais qualificados e formados para ministrar aulas e desenvolver ações, mas pode ser complementada com o apoio da comunidade seja transmitindo conhecimento, seja dando suporte às necessidades básicas.”

Não há vínculo empregatício com o governo nem mesmo obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim, nos termos da Lei nº 9.608, de 1998. O educador social voluntário deve cumprir quatro horas diárias, de segunda a sexta-feira. Para cobrir despesas com alimentação e transporte, recebem R$ 25 por dia.

Entre os critérios estão, preferencialmente, ter formação universitária referente às atividades, ser estudante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou do ensino médio, ou, ainda, apresentar habilidades nas áreas cultural, artística, desportiva e ambiental, entre outras.

Veja a galeria de fotos:

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