22/04/2016 às 23:09

Músicos locais homenageiam a cidade e seus 56 anos

Último dia de shows na Torre de TV contou com apresentações de artistas que consolidaram a carreira no DF

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília


 Zé Mulato e Cassiano, mineiros radicados no DF desde 1969
Zé Mulato e Cassiano, mineiros radicados no DF desde 1969. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Atualizado em 22 de abril de 2016, às 00h27

Aos 6 anos de idade, o pequeno Romeo já se encantou com os acordes vindos da guitarra de Pedro Martins. “Ele me ajuda a compor, já arranha no violão e no piano”, orgulhou-se a mãe, Victoria Brito, de 22 anos. Professora de musicalização infantil e cantora, a jovem fez questão de chegar cedo ao segundo dia de apresentações em comemoração aos 56 anos de Brasília na Torre de TV para assistir ao primeiro show da noite.

O guitarrista nascido no Gama abriu o evento às 18 horas. Ele é um dos cinco artistas que construíram a carreira na capital e, na noite desta sexta-feira (22), homenagearam a aniversariante de ontem (21). Em 2015, Martins foi premiado pelo Montreux Jazz Festival, na Suíça, em 2015, e levou o nome da cidade para o mundo.

Quem também garantiu o lugar em frente ao palco foram os amigos Marcos Vinícius de Araújo Borba, de 19 anos, e Igor Ribeiro, de 20 anos. Os estudantes de agronomia da Universidade de Brasília saíram de Ceilândia e do Cruzeiro, respectivamente, para prestigiar Zé Mulato e Cassiano, mineiros radicados no DF desde 1969. “Sou muito fã. Eles são parte da minha história”, afirmou Borba. Vestidos de bota e roupa tradicional do interior do Brasil, os jovens disseram que vão aos eventos de aniversário da cidade sempre quando há atrações sertanejas e, em alguns casos, abrem exceção para o rock. “Faz tempo que meus pés não veem um tênis”, brincou o morador de Ceilândia.

Multi-instrumentistas
Às 20h15, o multi-instrumentista Renato Mattos subiu ao palco acompanhado do filho Caê Maia. “Renato é um ícone de Brasília, referência para gerações”, elogiou o secretário de Cultura, Guilherme Reis. Sobre a festa dedicada a músicos radicados na cidade, Reis afirmou que a seleção de shows mostra um leque de estilos variados, que compõem a identidade brasiliense.

Durante a apresentação, Mattos cantou músicas que trazem Brasília na letra, como Rodofernalha, que compôs com o poeta Nicolas Behr, outra referência artística da capital.

Penúltimo a subir ao palco, o também multi-instrumentista Dillo D’Araújo mesclou faixas dos discos CrocoDillogang (2004), Mestiço (2008) e Dillo (2016), este último ainda não lançado. E agradeceu ao público: “É um imenso prazer estar com vocês nesta noite e dividir o palco com outros músicos tão importantes para o Distrito Federal”.

Encerramento
Os brasilienses do Móveis Coloniais de Acaju fecharam a noite com canções que resumem um pouco da carreira da banda formada em 1998 e que estourou em 2005, com o lançamento do álbum Idem. A estudante Jéssica Ferreira, de 16 anos, insistiu para que o pai, Rosivaldo Ferreira, de 44 anos, a levasse a mais um show da banda da qual é fã desde 2012. “Já a acompanhei tantas vezes que acabo gostando também.” Rosivaldo levou a filha e a amiga Dafynne Mello, de 16 anos, que assistiu aos músicos pela primeira vez. “Estou emocionada.” A amiga veterana completou: “Também estou muito feliz em vê-los de novo, mas acho que deveriam tocar mais vezes na cidade”.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, o público na Torre de TV durante os shows desta sexta foi de aproximadamente 1,8 mil pessoas. Havia no local cerca de 80 policiais, e nenhuma ocorrência relacionada ao evento foi registrada.

Acesse a programação completa do aniversário de Brasília.

Aguarde mais informações.

Veja a galeria de fotos:

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Músicos locais homenageiam a cidade e seus 56 anos

Último dia de shows na Torre de TV contou com cinco apresentações de artistas que consolidaram a carreira no DF

Aos 6 anos de idade, o pequeno Romeo já se encantou com os acordes vindos da guitarra de Pedro Martins. “Ele me ajuda a compor, já arranha no violão e no piano”, orgulhou-se a mãe, Victoria Brito, de 22 anos. Professora de musicalização infantil e cantora, a jovem fez questão de chegar cedo ao segundo dia de apresentações em comemoração aos 56 anos de Brasília na Torre de TV para assistir ao primeiro show da noite.

O guitarrista nascido no Gama abriu o evento às 18 horas. Ele é um dos cinco artistas que construíram a carreira na capital e, na noite desta sexta-feira (22), homenagearam a aniversariante de ontem (21). Em 2015, Martins foi premiado pelo Montreux Jazz Festival, na Suíça, em 2015, e levou o nome da cidade para o mundo.

Quem também garantiu o lugar em frente ao palco foram os amigos Marcos Vinícius de Araújo Borba, de 19 anos, e Igor Ribeiro, de 20 anos. Os estudantes de agronomia da Universidade de Brasília saíram de Ceilândia e do Cruzeiro, respectivamente, para prestigiar Zé Mulato e Cassiano, mineiros radicados no DF desde 1969. “Sou muito fã. Eles são parte da minha história”, afirmou Borba. Vestidos de bota e roupa tradicional do interior do Brasil, os jovens disseram que vão aos eventos de aniversário da cidade sempre quando há atrações sertanejas e, em alguns casos, abrem exceção para o rock. “Faz tempo que meus pés não veem um tênis”, brincou o morador de Ceilândia.

Multi-instrumentistas

Às 20h15, o multi-instrumentista Renato Mattos subiu ao palco acompanhado do filho Caê Maia. “Renato é um ícone de Brasília, referência para gerações”, elogiou o secretário de Cultura, Guilherme Reis. Sobre a festa dedicada a músicos radicados na cidade, Reis afirmou que a seleção de shows mostra um leque de estilos variados, que compõem a identidade brasiliense.

Durante a apresentação, Mattos cantou músicas que trazem Brasília na letra, como Rodofernalha, que compôs com o poeta Nicolas Behr, outra referência artística da capital.

Penúltimo a subir ao palco, o também multi-instrumentista Dillo D’Araújo mesclou faixas dos discos CrocoDillogang (2004), Mestiço (2008) e Dillo (2016), este último ainda não lançado. E agradeceu ao público: “É um imenso prazer estar com vocês nesta noite e dividir o palco com outros músicos tão importantes para o Distrito Federal”.

Encerramento

Os brasilienses do Moveis Coloniais de Acaju fecharam a noite com canções que resumem um pouco da carreira da banda formada em 1998 e que estourou em 2005, com o lançamento do álbum Idem. A estudante Jéssica Ferreira, de 16 anos, insistiu para que o pai, Rosivaldo Ferreira, de 44 anos, a levasse a mais um show da banda da qual é fã desde 2012. “Já a acompanhei tantas vezes que acabo gostando também.” Rosivaldo levou a filha e a amiga Dafynne Mello, de 16 anos, que assistiu aos músicos pela primeira vez. “Estou emocionada.” A amiga veterana completou: “Também estou muito feliz em vê-los de novo, mas acho que deveriam tocar mais vezes na cidade”.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, o público na Torre de TV durante os shows desta sexta foi de aproximadamente 1,8 mil pessoas. Havia no local cerca de 80 policiais, e nenhuma ocorrência relacionada ao evento foi registrada.