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26/04/2016 às 15:10
Órgão esclarece dúvidas de interessados em fazer parceria para administrar espaços públicos. Governador e secretários participaram da abertura do encontro
Atualizado em 26 de abril de 2016, às 12h58
Empresários interessados em fazer parceria com o governo de Brasília para gerir equipamentos esportivos da capital reúnem-se, nesta terça-feira (26), com representantes da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e outros órgãos para conhecer os espaços e tirar dúvidas. O governador Rodrigo Rollemberg participou da abertura do encontro, que se estenderá pela tarde, com visitas aos locais.
O chefe do Executivo destacou que as parcerias serão uma maneira de oferecer melhores serviços para a população diante do cenário atual. “O governo gasta em torno de R$ 13 milhões por ano para manter o Complexo Esportivo. Além da ideia de a iniciativa privada incorporar os custos, é fundamental que ela possa trazer um conjunto de programações culturais e esportivas para a cidade, trazendo benefícios indiretos, como [maior] arrecadação de impostos”, avaliou, durante a reunião no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Edital
No mês passado, o governo local publicou um chamamento no Diário Oficial do DF para que empresas apresentem propostas para administrar o Estádio Nacional, o Ginásio Nilson Nelson, o Parque Aquático Cláudio Coutinho e as quadras poliesportivas situadas perto desses três empreendimentos. O conjunto está sendo chamado de Complexo Esportivo de Brasília.
Na opinião do presidente da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis, a cidade ganhará em quantidade e qualidade de eventos. Ele explicou que o edital de procedimento de manifestação de interesse (PMI) publicado em março é para que a empresa vencedora da licitação gerencie todo o complexo. Propostas para apenas um dos equipamentos podem ser feitas, mas à parte, fora do edital. O mesmo vale para o Autódromo Internacional Nelson Piquet, que faz parte do complexo, mas não foi incluído no edital.
Reis detalhou o processo: “A PMI é para que os empresários desenvolvam um modelo de negócio e o apresentem. Após avaliação das propostas e definida a melhor, será lançado um edital para a licitação”. A previsão do presidente é que o processo licitatório ocorra em janeiro de 2017.
O estudo que for considerado o melhor para a comissão que avaliará os projetos — formada por técnicos da Terracap — servirá de base para a licitação. Quem executará este negócio será a empresa vencedora do certame, e não necessariamente o empresário que apresentou o estudo selecionado.
Os empresários têm até 9 de maio para apresentar documentos e o pedido para fazer estudos. Se autorizadas, as empresas ganham prazo de 120 dias para entregar as análises de viabilidade, com a proposta do modelo de negócio que desejam adotar.
Interessados
Entre os empresários que participam do evento, Luiz Cláudio Campos, sócio de uma empresa de consultoria e auditoria, acredita que as parcerias público-privadas são o caminho natural após os investimentos em várias cidades para a Copa do Mundo de 2014. “Não é função do governo administrar arenas. Naturalmente, os governantes têm de procurar uma gestão adequada e desonerar o Estado”, opinou.
A empresa de Campos tem experiência com a administração de várias arenas multiusos, inclusive fora do País. Para o Complexo Esportivo de Brasília, ele entende que a melhor solução é ocupar espaços, principalmente nos arredores do local. “Só é possível ser rentável se tiver retorno para o empreendedor e a sociedade. Precisamos prever uma ocupação plena do espaço. Quanto mais eventos, maior será a atração do investidor”, resumiu.
Também estiveram no evento o diretor de Novos Empreendimentos da Terracap, Mário Henrique Lima; a secretária do Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros, e os secretários-adjuntos de Turismo, Jaime Recena, e do Esporte e Lazer, Ricarda Raquel Barbosa Lima; os secretários de Fazenda, João Antônio Fleury, e de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes; e o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
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