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03/05/2016 às 13:28, atualizado em 24/05/2016 às 09:10
Após cerimônia no Palácio do Planalto, atleta de vôlei Fabiana Claudino deu início ao percurso de 105 quilômetros na capital do País
Atualizado em 3 de maio de 2016, às 14h43
Às 9h56 desta terça-feira (3), a chama olímpica foi acesa pela presidente da República, Dilma Rousseff, e repassada à capitã da seleção nacional de vôlei, Fabiana Claudino, que deu início ao revezamento da tocha em solo brasileiro, enquanto a Esquadrilha da Fumaça escrevia Rio 2016 no céu de Brasília.
A tocha chegou ao Palácio do Planalto às 8h55 trazida pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que foi recebido por Dilma Rousseff e pelo ministro do Esporte, Ricardo Leyser. No Salão Nobre do Palácio do Planalto, uma solenidade foi iniciada com a apresentação do Hino Nacional pela orquestra Meninos do Itapoã.
Primeiro a discursar, Nuzman exaltou o espírito olímpico e disse que o País está pronto para os Jogos. “Abrimos nova fronteira no mundo ao trazer o evento para o nosso continente. Os atletas vêm com a missão de inspirar nossa juventude”, afirmou, ao observar que esta será a primeira edição sul-americana das Olimpíadas.
Representando os competidores, o nadador e medalhista olímpico Thiago Pereira falou da emoção em disputar a quarta olimpíada e convocou a torcida. “Nós, atletas, temos orgulho de vestir o uniforme verde-amarelo. Quem não puder estar no Rio de Janeiro torça de onde estiver. A energia positiva faz a diferença.”
O governador Rodrigo Rollemberg destacou que a cidade inicia o revezamento no País apoiada no mesmo espírito que uniu o Brasil à época da construção da capital. “Brasília tem uma nova oportunidade de unir o mundo e a humanidade em torno do esporte.”
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff avaliou os esforços brasileiros para sediar o torneio e o atual momento político. “A emoção desse dia vai ficar marcada na memória, no coração e na história do País. O mundo estará voltado para o Brasil, e contamos com a hospitalidade do povo para sermos os melhores anfitriões.”
Também participaram da cerimônia no Palácio do Planalto, entre outras autoridades, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons; o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles; a esposa do governador do Distrito Federal, Márcia Rollemberg; o chefe da Casa Civil do DF, Sérgio Sampaio; os secretários do Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros, da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo, de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, de Mobilidade, Marcos Dantas, de Planejamento, Leany Lemos, e de Educação, Júlio Gregório Filho; os comandantes-gerais da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio de Oliveira, e do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos Junior; e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Henrique Luduvice.
Do lado de fora da sede do Executivo nacional, cerca de 280 alunos de escolas públicas e particulares de Brasília e de Goiás aguardavam a passagem do fogo simbólico. Joseías Ferreira, de 17 anos, acompanhou o início do revezamento ao lado de 150 crianças e adolescentes integrantes do programa do Ministério do Esporte Segundo Tempo. O estudante pratica atletismo desde 2010 e já conquistou 16 troféus. Ele será um dos condutores em Morrinhos (GO) e sonha em integrar o quadro olímpico brasileiro no futuro. “Quando recebi a notícia de que carregaria a tocha, foi um momento mágico, não esperava. Nem acreditei.”
Do Palácio, o revezamento seguiu para o Congresso Nacional e, de lá, para a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, onde homens e mulheres do Exército, do Corpo de Bombeiros, da PM e da Comissão Nacional de Energia Nuclear fizeram a última varredura momentos antes de a bicampeã olímpica de vôlei Paula Pequeno receber a chama do surfista Gabriel Medina e entrar na igreja carregando a chama olímpica. O atleta paulista, campeão mundial de surfe, disse que a emoção de fazer parte do revezamento foi muito grande. “Espero repetir esse feito um dia, com o surfe na Olimpíada [o esporte não faz parte do programa olímpico]”, afirmou Medina. A tocha passou depois pelo Palácio do Itamaraty e chegou à Praça dos Três Poderes, local em que havia protestos isolados sobre a situação política e econômica do País. Ao longo da Esplanada dos Ministérios, muitos ciclistas e pedestres acompanharam toda a movimentação e aproveitaram para fotografar o evento.
Às 7h13, os primeiros raios de sol da terça-feira refletiam na fuselagem do avião que trazia a chama olímpica em um recipiente dourado. A aeronave, escoltada por dois caças da Força Aérea Brasileira, tocou o chão do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek às 7h25, no voo JJ9715, vindo de Genebra, na Suíça. O objeto que representa os Jogos do Rio 2016 desembarcou nas mãos de Carlos Arthur Nuzman, cerca de 20 minutos após a aterrissagem.
Em solo, Nuzman foi recepcionado por Rodrigo Rollemberg e pelo ministro do Esporte. “Brasília é a porta de entrada para as Olimpíadas e, a partir deste momento, todo o Brasil passa a incorporar de fato o espírito olímpico”, enfatizou o chefe do Executivo local pouco antes da chegada da chama.
Também aguardava na pista do aeroporto o nadador brasiliense Hugo Parisi, classificado para a disputa da plataforma de 10 metros nos saltos ornamentais. O atleta conduzirá a tocha pela piscina do Complexo Esportivo Cláudio Coutinho. “Para mim, tem uma simbologia enorme, pois foi onde comecei a treinar, em 1992”, lembra o atleta de 31 anos, que vai para sua quarta olimpíada.
O voo, fretado, trouxe convidados do comitê organizador dos Jogos e parte da imprensa internacional. Desembarcou também no DF o campeão olímpico de vôlei Giovane Gávio, primeiro brasileiro condutor da chama, na Grécia, em 21 de abril.
Veja no site Vibra Brasília os detalhes sobre o percurso da tocha na capital.
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