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08/05/2016 às 19:09, atualizado em 07/07/2016 às 21:26
Produtores precisam adquirir as ampolas em lojas conveniadas. Secretaria da Agricultura é responsável pela fiscalização
Ao contrário do informado pela Gerência de Saúde Animal, da Secretaria da Agricultura, as lojas agropecuárias não são conveniadas com o governo, mas cadastradas na pasta. São 2.566 propriedades com bovinos e bubalinos em todo o Distrito Federal, e não 800. Pelo menos 475 delas estão classificadas como de maior risco para aparecimento do vírus da febre aftosa, e não 20. A taxa é de vacinação, e não de imunização, pois nem todo animal vacinado fica imune à doença. Essa quantidade chega a 98%; e não é de mais de 80%, como estava na versão anterior.
A campanha de vacinação contra a febre aftosa vai até 31 de maio no Distrito Federal. Até lá, toda a população de bovinos e bubalinos (búfalos) — cerca de 97 mil cabeças — deve receber a dose. A imunização é fundamental para evitar perdas na produção, uma vez que a doença se dissemina com facilidade entre o rebanho e leva ao enfraquecimento e à perda de peso dos animais. O produtor que não aderir à medida ou atrasar a entrega dos comprovantes de aplicação da vacina fica sujeito a multa. O prazo para envio da documentação à Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural é 15 de junho.
As ampolas são adquiridas em lojas agropecuárias cadastradas na pasta. Técnicos da secretaria fiscalizam a conservação das vacinas nos estabelecimentos, que devem ser armazenadas em temperatura de 2 a 8 graus. Essa refrigeração precisa ser mantida no momento de aplicá-las, por isso é necessário levar os frascos para o campo em uma caixa de isopor com gelo. “A vacinação é a forma mais eficaz de evitar o aparecimento da doença”, afirma o gerente de Saúde Animal da pasta, Vinícius Campos.
Em Planaltina, as 79 cabeças de gado da propriedade de Marlus Koch, de 31 anos, já foram vacinadas. Ele mantém o rebanho jovem para a prática esportiva em provas de laço e tambor. “Esta é a segunda campanha da qual participamos. Começamos a criação de bovinos há pouco mais de um ano”, conta. Para Kock, a imunização é uma forma de garantia para continuar na atividade. “Vale a pena. Não só pela obrigatoriedade, mas porque precisamos dos animais saudáveis para os treinos.”
Ao completar a vacinação, o produtor deve apresentar à Secretaria da Agricultura formulário preenchido e assinado com informações sobre quantia e idade dos animais. A nota fiscal de compra das ampolas também é de envio obrigatório. Caso a documentação não seja remetida à secretaria até 15 de junho, aplicam-se penalidades previstas no Decreto nº 36.589, de 2015. As multas são por propriedade e por cabeça de gado. Em novembro, ocorre a segunda etapa da campanha, apenas para bovinos e búfalos com até 24 meses de idade.
Taxa de vacinação
Desde 1993, Brasília é território livre de febre aftosa. Essa situação só é possível em razão da ampla cobertura da vacinação: chega a 98% de vacas, bois e búfalos. O vírus causador pertence ao gênero Aphtovirus, da família Picornaviridae, e atinge animais do casco fendido. Ele se espalha facilmente pelo ar, em um raio de até 20 quilômetros. Causa febre e leva ao aparecimento de feridas na boca, nas glândulas mamárias e no casco. Com o incômodo, os animais deixam de se alimentar e enfraquecem. A enfermidade também faz com que eles salivem em exagero e manquem. Apesar de não matar, a febre aftosa representa muitos prejuízos à produção agropecuária e resulta no impedimento da exportação da carne.
Acompanhamento
Em locais com maior risco de aparecimento do vírus, equipes da Secretaria da Agricultura fazem a vacinação assistida. É o caso de propriedades à margem de rodovias, próximo a abatedouros ou nas quais o produtor também tenha criação em outras unidades federativas. No DF, pelo menos 475 propriedades, das 2.566 registradas, se encaixam nessa categoria.
O procedimento é ainda uma forma de controle de outras zoonoses. “Também fazemos a vigilância ativa, na qual avaliamos os animais por amostragem. Sorteamos alguns para olhar a boca e os cascos. Se virmos algo de diferente neles, coletamos o material e levamos para a análise em laboratório”, explica o responsável pelo Núcleo de Defesa Agropecuária da pasta em Planaltina, Marcelo Atta.
Campanha de vacinação contra a febre aftosa
Até 31 de maio (terça-feira)
Entrega de comprovantes até 15 de junho (quarta-feira)
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