19/06/2016 às 15:17, atualizado em 05/07/2016 às 14:45

Estudantes do Guará e da Estrutural aprendem a tocar flauta doce

Aulas são semanais, no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, e fazem parte do projeto Cidadania com Música

Por Ádamo Araújo, da Agência Brasília

Uma parceria entre o Centro Educacional 4 do Guará e o 4º Batalhão de Polícia Militar promove aulas gratuitas de flauta doce para os alunos da instituição de ensino. É o projeto Cidadania com Música, que visa levar cultura e esporte para a comunidade local. Inicialmente, foram abertas duas classes de 20 alunos cada uma – uma matutina e outra vespertina –, com aulas às quintas-feiras. A primeira foi em 2 de junho.

“Dependendo da procura, ampliaremos as turmas e abriremos novos horários”, destaca o sargento Giovanni Sousa, responsável pelo projeto musical. “Por enquanto, temos a flauta doce, mas pretendemos expandir para outros instrumentos, à medida que os participantes evoluírem.”

O estudante David Roberto Araújo Batista, de 8 anos, um dos inscritos no curso. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O estudante David Roberto Araújo Batista, de 8 anos, um dos inscritos no curso. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

“O som desse instrumento me tranquiliza, parece que o meu corpo fica mais relaxado”, diz o estudante David Roberto Araújo Batista, de 8 anos, um dos inscritos no curso.  A avó, Zuleika Aparecida Lopes, de 55 anos, conta que o neto tem orientação médica para buscar atividades culturais e esportivas. “A recomendação foi feita por motivos de hiperatividade e déficit de atenção”, detalha. “Esperamos que a prática musical colabore no desenvolvimento dele”, complementa Zuleika.

Critério

A escola foi selecionada porque, além de receber moradores da região administrativa, atende estudantes de baixa renda da Estrutural. No entanto, a oportunidade está aberta para alunos das redes pública e privada de ensino de todo o Distrito Federal.

Um soldado e um sargento especialistas em música e integrantes da banda da corporação estão encarregados de ensinar os jovens. Os instrumentos são emprestados pelos instrutores, e as atividades ocorrem em turno contrário ao da escola. No caso dos estudantes do Centro Educacional 4, a polícia organiza o transporte entre a escola e o batalhão, onde são ministradas as aulas.

O soldado Marcos Vinícius, instrutor de flauta doce. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O soldado Marcos Vinícius, instrutor de flauta doce. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Não há necessidade de conhecimento prévio do instrumento. O interessado precisa estar matriculado na escola e ter de 8 a 14 anos. Obedecendo a esses critérios, basta comparecer com o responsável no batalhão com duas fotos 3X4 e cópias da identidade ou certidão de nascimento, da declaração de escolaridade, do comprovante de residência e do documento de identificação dos pais ou responsáveis. Mais informações pelo telefone (61) 3190-0482.

[Relacionadas]

Ceilândia

Lançado em maio no Guará, o projeto ocorre desde 2015 no 8º Batalhão, em Ceilândia, e tem 120 inscritos. Essa ação faz parte do plano estratégico da corporação de trabalhar de forma efetiva no desenvolvimento da ideia de polícia comunitária — quando os militares atuam de maneira mais integrada aos moradores.

Prevenindo com Arte

O projeto Cidadania com Música integra o Prevenindo com Arte, também do 4ª Batalhão da Polícia Militar, que existe de maneira experimental desde novembro de 2015. Essa iniciativa atende a comunidade local e a de regiões vizinhas, como Núcleo Bandeirante e Candangolândia, com atividades de segunda a sexta-feira, das 7 às 22 horas. Cerca de mil pessoas estão cadastradas e participam das oficinas de zumba, muay thai, futebol, capoeira, jiu-jítsu e ginástica funcional, além dos passeios ciclísticos quinzenais aos sábados.

Quem quiser participar deve fazer a inscrição diretamente no batalhão, no Módulo A, Área Especial 10 — em frente ao comércio da Quadra QE 36. Para mais informações, o contato deve ser feito pelo telefone (61) 3910-1614. Caso não haja mais vagas no horário escolhido, o candidato entra na fila de espera.

Edição: Paula Oliveira e Raquel Flores