06/07/2016 às 20:22, atualizado em 07/07/2016 às 12:00

Meninas de São Sebastião dançam para princesa belga

Grupo aprende balé clássico e dança contemporânea em projeto apoiado pela Secretaria de Cultura

Por Jade Abreu, da Agência Brasília

Setenta meninas de 9 a 18 anos que participam do projeto Garatuja, em São Sebastião, tiveram uma tarde diferente nesta quarta-feira (6). Formado por alunas da professora belga Dorka Hepp de balé clássico e de dança contemporânea, o grupo se apresentou para a princesa da Bélgica, Maria Esmeralda Adelaida Liliana Ana Leopoldina, e para a colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg. Ansiosas com a presença da figura real, perguntaram para a professora se ela chegaria em uma carruagem.

Meninas do projeto Garatuja apresentaram coreografias para a princesa da Bélgica, Maria Esmeraldapara a princesa da Bélgica, Adelaida Liliana Ana Leopoldina.

Meninas do projeto Garatuja apresentaram coreografias para a princesa da Bélgica, Maria Esmeralda Adelaida Liliana Ana Leopoldina. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

“A dança é uma maneira de melhorar a confiança e também a comunicação. É muito importante que existam projetos como este”, disse a princesa após assistir a coreografia. A anfitriã e esposa do governador, Márcia, explicou que esse é um “trabalho que desenvolve a formação artística e cultural da população”. O projeto da Associação Assistência, Cultura e Educação Humana tem apoio da Secretaria de Cultura do DF e de voluntários da cidade.

Projeto Garatuja

Além das aulas de dança, o projeto Garatuja estimula as alunas a permanecer na escola e a ter notas acima da média do que é exigido no centro de ensino em que estão matriculadas. Também é oferecido reforço escolar para as que precisarem de acompanhamento nos estudos. As atividades são totalmente gratuitas. Todas as alunas são moradoras de São Sebastião.

Rayssa Silva, de 11 anos, frequenta as aulas de dança contemporânea desde 2015 e, neste ano, resolveu aprender também o balé clássico. “Minhas notas também melhoraram. Tive apoio da monitoria para estudar”, conta. Colega de Rayssa, Amanda Silva Santana, de 18 anos, começou aos 10 anos e pretende trabalhar com cultura e arte. Para ela, a dança melhorou a concentração e a disciplina em atividades escolares.

A professora Donka Hepp afirma que uma das propostas da associação é apresentar eventos teatrais e culturais a crianças que vivem em comunidades com vulnerabilidade social, como São Sebastião. “Levamos a dança, mas a consequência é muito maior. Incentivamos o estudo e a disciplina e reforçamos a importância da pontualidade”, pontua.

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Como contribuir para o projeto Garatuja

O Garatuja tem parceria com a Secretaria de Cultura, mas a principal fonte para manter o trabalho é a partir de doações. Caso uma pessoa queira ajudar para que novos projetos possam ser desenvolvidos, deverá acessar o site da associação e clicar na aba Contribua

A presidente da associação, Heloise Velloso, diz que, além dos projetos de dança, a escola tem oficinas com curso de capacitação voltado para o setor hoteleiro para maiores de idade. A entidade também estimula os estudos com investimentos em uma biblioteca e em aulas de reforço escolar. “Para que possamos desenvolver os trabalhos, precisamos também da ajuda de voluntários.”

Edição: Paula Oliveira