22/07/2016 às 18:17, atualizado em 25/07/2016 às 09:36

Museus de Armas e de Drogas estão abertos ao público em dias úteis

Com sede na Academia de Polícia Civil, no Riacho Fundo II, os espaços reúnem armas de vários séculos e drogas apreendidas em operações da corporação

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Lanças, espadas e revólveres fabricados desde o século 15 até os dias atuais podem ser vistos no Museu de Armas da Polícia Civil, localizado na sede da Academia de Polícia Civil do Distrito Federal. O espaço reúne cerca de 200 itens de um acervo de mais de 2 mil peças entre raridades, como um revólver belga de 1870, que pertenceu a Duque de Caxias, e itens mais recentes apreendidos pela Polícia Civil.

Arma belga de 1870, utilizada por Duque de Caxias, faz parte da exposição.

Arma belga de 1870, utilizada por Duque de Caxias, faz parte da exposição. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Durante a visita, o chefe do local, Cléber Sebastião Godoi, explica sobre os perigos de manusear armas brancas ou de fogo sem os devidos conhecimentos e permissão. “É imprescindível que todos entendam que arma foi feita para matar e traz perigo”, reforça o policial civil. Segundo ele, a maior parte dos visitantes é de crianças e adolescentes, de escolas públicas e particulares. No entanto, o lugar é aberto ao público, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Nesse caso, não é preciso agendar a visita.

Três acervos compõem o Museu de Armas da Polícia Civil. Um foi comprado pelo governo de Brasília em 1970 de um colecionador de origem italiana. Antes de serem repassados à polícia, os itens foram expostos no Palácio do Buriti e na Academia do Corpo de Bombeiros Militar. Os outros dois acervos são da própria corporação e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

Também estão expostos no museu uma espada espanhola de Bento Gonçalves, de 1836, e um espadim português de Dom Pedro II com 55 centímetros, de 1835. As peças acompanham materiais apreendidos pela Polícia Civil no dia a dia dos policiais, como simulacros — imitações de armas —, alguns tinham realmente o poder de matar e foram construídos por criminosos.

Espadim português de Dom Pedro II com 55 centímetros, de 1835.

Espadim português de Dom Pedro II com 55 centímetros, de 1835. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Cerca de 250 pessoas visitam a coleção todo mês, desde que o museu mudou de local em 2001. Antes, o espaço ficava em Taguatinga Norte, no antigo prédio da Academia de Polícia Civil.

Prevenção contra o uso de drogas

Na sala ao lado, amostras de vários tipos de drogas são expostas no Centro Piloto de Prevenção de Drogas e Outras Violências — também conhecido como Museu de Drogas. O lugar começou como uma biblioteca, em 1990, em uma antiga delegacia especializada no combate ao uso de entorpecentes. Além do centro, um ônibus faz um trabalho itinerante, indo até escolas e outras instituições, mediante marcação prévia.

Para solicitar uma visita da equipe, que ainda dá palestras sobre o tema, é preciso enviar um e-mail para o endereço eletrônico apc_saa@pcdf.df.gov.br. Já o museu na sede da Academia de Polícia Civil pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.

De acordo com o chefe do local, Marco Antônio Campos, o acervo é quase todo composto por apreensões realizadas pela corporação. Além das drogas mais confiscadas, como cocaína, maconha e tabaco, também estão expostas morfina, ópio e cogumelo. Também podem ser vistos apetrechos utilizados para triturar e usar as drogas e materiais que fazem apologia ao uso dos entorpecentes. Amostras de vísceras e fetos de usuários foram cedidos pelo Instituto Médico Local e fazem parte do acervo.

O Museu de Armas da Polícia Civil e o Centro Piloto de Prevenção de Drogas e Outras Violências, incluindo o ônibus itinerante, recebem cerca de 3 mil pessoas a cada três meses. A maior parte do público é de jovens de 10 a 15 anos.

Museu de Armas da Polícia Civil e Centro Piloto de Prevenção de Drogas e Outras Violências
Academia de Polícia Civil, QN 17, Conjunto 1, Lotes 1 e 2, Riacho Fundo II
De segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas
(61) 3207-5469

Edição: Gisela Sekeff