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07/09/2016 às 16:14, atualizado em 03/05/2017 às 18:14
Atividade ocorre em sintonia com as comemorações do aniversário de 56 anos da região administrativa
A Virada do Cerrado 2016 começou nesta quarta-feira (7), com a abertura durante as comemorações dos 56 anos do Lago Norte, no Parque das Garças — Setor de Habitações Individuais Norte, QI 15, Conjunto 9. Até as 17 horas, estão programadas apresentações culturais, feiras e práticas esportivas. A virada segue até domingo e tem na programação cerca de 500 atividades, em 28 regiões administrativas, com o objetivo de aproximar a população do tema sustentabilidade.
A proposta é que o evento promova uma mudança na forma como a questão ambiental é vista pelos moradores do DF. “Aqui, o sentido é uma virada de consciência para ter cada vez mais pessoas se envolvendo [com o tema]”, define o secretário do Meio Ambiente, André Lima. Para isso, pensou-se em uma programação variada. “Criamos eventos que misturam arte, cultura e lazer. São ações da população, do governo e da iniciativa privada”, afirma Lima. O investimento para a Virada do Cerrado é de R$ 500 mil, de acordo com o secretário.
As atividades visam também à apropriação dos parques e das unidades de conservação pelos moradores, segundo o administrador regional do Lago Norte, Marcos Woortmann. “É um convite para as pessoas ocuparem o espaço público e conhecerem melhor a região em que vivem”, diz. Por isso, uma das oficinas previstas para a abertura é a de arte e educação ambiental do Ateliê Anjico. O projeto é feito nas imediações do Córrego do Urubu, entre o Lago Norte e o Varjão, na área rural conhecida como Serrinha do Paranoá. O público é formado por crianças com idade a partir dos 4 anos.
Os trabalhos incluem colagens, pinturas e elaboração de maquetes com material reciclado, conforme explica a coordenadora da iniciativa, Mangala Bloch. “Levamos as crianças para as trilhas, no Córrego do Urubu, e produzimos o material a partir das impressões e das vivências delas”, detalha. O Ateliê Anjico atua desde 2008 na região.
O envolvimento com a comunidade também é o mote do Projeto Águas, criado no ano passado, para mapeamento e conservação das nascentes na área da Serrinha do Paranoá. Entre as atividades desenvolvidas está o levantamento dos locais em que a água aflora na região. “Já identificamos 90 nascentes, trabalho feito com a população, que as descobre e envia as localizações, por meio de aplicativo de mensagens instantâneas, a um engenheiro ambiental na administração regional”, conta a coordenadora do projeto, Solange Sato.
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Também é feita a capacitação de moradores para a formação de uma brigada comunitária de combate a incêndios florestais. “Tentamos levar a educação ambiental para os agentes do futuro, as crianças, para que elas entendam a complexidade da discussão sobre a água”, defende Solange. O Projeto Águas inclui ainda a capacitação de educadores. “Muitos professores dão aula na área rural, mas não conheciam as cachoeiras e os córregos da Serrinha.”
Edição: Marina Mercante