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25/10/2016 às 10:43, atualizado em 06/12/2016 às 12:53
Centro 18 de Maio vai centralizar serviços oferecidos pelo Estado. A partir desta terça (24), equipe receberá capacitação, e atendimento começa em novembro
Os atendimentos no Centro 18 de Maio começarão em 16 de novembro, e não no dia 6, conforme publicado anteriormente.
O atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual em Brasília ficará mais humanizado com o início das atividades do Centro 18 de Maio, na 307 Sul. A unidade foi inaugurada pelo governador Rodrigo Rollemberg nesta terça-feira (25) e vai centralizar os procedimentos relacionados à assistência psicossocial e à investigação de crimes.
Em todas as etapas do processo — da oitiva da criança ou do adolescente à responsabilização do autor —, o foco é evitar a chamada revitimização, que acontece quando a pessoa que sofreu violação é obrigada a relembrar e recontar o fato.
“Isso demonstra um esforço coletivo da sociedade, que, ao longo de muitos anos, se uniu em torno dessa causa”, disse Rollemberg. “É uma integração de vários órgãos para bem atender a criança”, ressaltou o governador, que estava acompanhado da esposa e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg.
Nas primeiras semanas de funcionamento, o centro vai oferecer capacitação para servidores. Os atendimentos começam em 16 de novembro, a partir dos encaminhamentos feitos pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência em Assistência Social (Cras), pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e pelos conselhos tutelares do DF.
[Olho texto='”A escuta qualificada permite o atendimento integrado para que a criança não tenha que contar o que lhe ocorreu a cada instância da rede”‘ assinatura=”Giuliana Córes, diretora do Centro 18 de Maio” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A expectativa é atender cerca de 360 pessoas por ano. O dado leva em conta as denúncias recebidas pelo Disque 100 no Distrito Federal. O diferencial do Centro 18 de Maio em relação às demais instituições é a possibilidade que tem a vítima de violência sexual de prestar depoimento apenas uma vez. “A escuta qualificada permite o atendimento qualificado e integrado para que a criança não tenha que contar o que lhe ocorreu a cada instância da rede”, afirmou a diretora do centro, Giuliana Córes.
O nome 18 de Maio é uma referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O centro vai funcionar onde antes ficava o antigo posto comunitário de segurança da Polícia Militar. Nele, ficarão as várias instâncias da rede de proteção, como o Conselho Tutelar, a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
O atendimento de saúde será feito no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) e no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidades de saúde de referência nesses casos.
“O grande salto e desafio da política pública hoje é considerar o sujeito e a integração dos serviços, e aqui se materializa essa condição”, avaliou Márcia Rollemberg. O secretário de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Aurélio de Paula Guedes Araújo, explicou que o centro possibilitará um trabalho melhor e mais especializado, e que “representa um avanço significativo na política pública de atenção à criança no DF”.
O Sabin, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a organização Childhood são parceiros na ludoteca do centro, nos mobiliários e na capacitação.
Centro 18 de Maio
Na 307 Sul, na Asa Sul
Atendimento a partir de 16 de novembro, das 8 às 20 horas
Edição: Marina Mercante