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06/01/2017 às 19:02, atualizado em 09/01/2017 às 09:59
Alunos de escolas públicas de 14 a 18 anos fazem atividades práticas em 87 órgãos do governo. São 1,6 mil beneficiados na segunda edição do programa no DF
Com uma semana de trabalho na Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal, Davi da Silva Beserra sorri quando perguntado sobre a ajuda que conseguiu do programa Brasília + Jovem Candango. Com 15 anos, estudante do 2º ano do ensino médio, ele é a única fonte de renda da família, que também conta com mãe e padrasto – desempregados —, dois irmãos mais novos e o avô.
Davi é um dos jovens que conseguiram ocupar uma das 1,6 mil vagas, entre um total de 13 mil inscritos de 14 a 18 anos. “É uma oportunidade que você tem que agarrar com unhas e dentes. Muitas pessoas, que talvez até precisam mais do que eu, poderiam estar aqui”, comenta.
O secretário da pasta, Aurélio Araújo, já conheceu Davi e lembra que a oportunidade não é apenas de conseguir a renda. “Ele receberá 400 horas de cursos profissionalizantes. Isso cria diferencial quando ele entrar no mercado de trabalho”, explica.
[Olho texto='”É uma oportunidade que você tem que agarrar com unhas e dentes”‘ assinatura=”Davi da Silva Beserra, estudante contemplado do programa Brasília + Jovem Candango” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Essa é a segunda edição do programa, cujas atividades começaram em 1º de dezembro de 2016 e ainda vão durar mais 15 meses. Na primeira, houve aulas de preparação dos jovens para começar o serviço. “O curso ensinou como se portar no trabalho, com conselhos para nos preparar para o mercado”, explicou Davi.
Em 2 de janeiro, os selecionados começaram a trabalhar quatro dias por semana, distribuídos por 87 órgãos do governo de Brasília. Um dos dias úteis será usado para aula de curso profissionalizante. No caso de Davi, cai nas quintas-feiras, e as atividades letivas começarão em 12 de janeiro.
Integrantes de famílias atendidas pelo Cadastro Único (CadÚnico), os adolescentes devem estudar em escolas públicas e frequentar as aulas. Eles recebem dois terços do salário mínimo, mais R$ 220 de vale-alimentação e vale-transporte.
[Olho texto=”Os beneficiários do programa recebem dois terços do salário mínimo, mais R$ 220 de vale-alimentação e vale-transporte” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Das vagas oferecidas, 5% foram para alunos inseridos ou egressos do sistema socioeducativo, 5% para moradores de áreas rurais do DF, 5% para ex-participantes do programa Bombeiro Mirim e 5% para adolescentes com deficiência, o único grupo sem limite máximo de idade.
Registrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela Fundação Banco do Brasil, a metodologia do programa consiste em aulas de disciplinas diversas — administração, contabilidade, direito trabalhista, almoxarifado e atendimento ao público, entre outras. Tem também atividades práticas, por meio de contrato com órgãos públicos do DF, registro na carteira de trabalho e benefícios.
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Edição: Vannildo Mendes