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16/01/2017 às 18:37, atualizado em 17/01/2017 às 18:21
Vítimas de violência têm auxílio psicológico, social e jurídico, além de atividades de inclusão e de cursos profissionalizantes. Aluna da turma de massagem terapêutica, Ana Maria Neves teve experiência marcante
A Secretaria do Trabalho atualizou o número dos telefones dos centros especializados e dos núcleos de atendimento a famílias e aos autores de violência doméstica.
Em 2016, a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos atendeu 18.544 pessoas nas unidades da rede de proteção à mulher do Distrito Federal. Nesses locais, as vítimas de violência doméstica recebem orientação psicológica e de resgate da cidadania, além de encaminhamento jurídico. Elas também participam de atividades pedagógicas para se preparar para o mercado de trabalho.
Fazem parte da rede quatro centros especializados em questões do gênero feminino; nove núcleos de atendimento a famílias e aos autores de violência doméstica; a Casa Abrigo; a Casa da Mulher Brasileira; e a Unidade Móvel de Atendimento às Mulheres Rurais e do Cerrado.
Por intermédio dos centros especializados, que oferecem acolhimento e apoio psicossocial e jurídico, Ildene Sousa, autônoma de 55 anos, teve o incentivo que precisava para se recuperar após sofrer violência doméstica. “Tive apoio total na área psicológica, eu estava muito doente, abalada emocionalmente. Encontrei tudo o que precisava aqui.”
[Olho texto='”Tive apoio total na área psicológica, eu estava muito doente, abalada emocionalmente. Encontrei tudo o que precisava aqui”‘ assinatura=”Ildene Sousa, vítima de violência doméstica” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Ildene foi atendida na Casa da Mulher Brasileira, projeto da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República em parceria com o governo de Brasília. Na casa há acesso facilitado para a delegacia, o juizado, o Ministério Público do DF e Territórios e a Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado para crianças; alojamento de passagem; e central de transporte.
Outra oportunidade são os cursos profissionalizantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Mulheres Mil, do governo federal, executado no DF pela Secretaria de Educação. “Eu tinha acabado de ficar desempregada e estava em processo de divórcio quando fui encaminhada para fazer as aulas”, conta Fernanda Viana, de 38 anos, que concluiu o curso de recepcionista em 2016.
Auxiliar administrativo, cuidador de idoso, recepção em saúde e massoterapia são outras especialidades disponíveis nos quatro Centros Especializados de Atendimento à Mulher de Brasília. Eles funcionam na Casa da Mulher Brasileira e em mais três lugares: Ceilândia, Planaltina e na estação do metrô da 102 Sul.
Ioga e palestras também fazem parte do atendimento. Segundo Fernanda, “o convívio com pessoas que passam pela mesma situação é importante para as vítimas perceberem que há como seguir em frente após o trauma”.
Aluna da turma de massagem terapêutica, Ana Maria Neves, de 52 anos, é outra mulher com uma história marcante amparada pela rede de proteção. “A primeira coisa trabalhada aqui é a autoestima. Depois, temos o incentivo para participar das atividades e não ficar parada. Esse é meu segundo curso e me sinto preparada para continuar a vida”, relata.
[Numeralha titulo_grande=”4.611″ texto=”Quantidade de atendimentos na Casa da Mulher Brasileira em 2016″ esquerda_direita_centro=”direita”]
Os cursos, ministrados até agora a 470 mulheres, têm duração de quatro meses e disciplinas básicas como matemática, português e informática. Ainda não há informações sobre novas turmas.
Em 2016, houve 4.611 atendimentos na Casa da Mulher Brasileira, incluindo alojamento temporário, transporte e palestras. Nos quatro centros especializados, foram recebidas 2.690 pessoas.
No mesmo período, a Casa Abrigo acolheu 3.949 mulheres vítimas de ameaças e seus dependentes, em local sigiloso e protegido. E a unidade móvel levou os atendimentos para 941 pessoas de diferentes regiões administrativas.
Enquanto isso, os nove núcleos de atendimento a famílias e aos autores de violência doméstica deram orientações psicológicas da rede de proteção à mulher para 5.883 agressores. O objetivo é fazer com que esses homens reinterpretem os atos de violência e se reinsiram socialmente graças a um entendimento de igualdade de gênero. As unidades também prestam atendimento integral às famílias que convivem ou conviveram com situações de violência.
Núcleos de atendimento às famílias e aos autores de violência doméstica
Funcionam de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas
Brazlândia
Fórum de Brazlândia (Área Especial 4, 1° andar, Setor Tradicional)
(61) 3479-6506
Gama
Promotoria de Justiça (Quadra 1, Lotes 860/800, Subsolo, Setor Industrial)
(61) 3384-7469
Núcleo Bandeirante
Promotoria de Justiça (Setor de Indústrias Bernardo Sayão, Quadra 3, Conjunto B, Lote 2/4)
(61) 3552-2064
Paranoá
Promotoria do Paranoá (Quadra 4, Conjunto B, Sala 111, Grande Área)
(61) 3369-6850
Planaltina
Promotoria de Planaltina (Área Especial 10/A, Térreo, Setor Tradicional)
(61) 3388-1984
Plano Piloto
Fórum Desembargador José Leal Fagundes (Setor de Múltiplas Atividades Sul, Trecho 3, Lotes 4/6, Bloco 1, Térreo, Sala 30)
(61) 3214-4420
Samambaia
Fórum de Samambaia (QR 302, Área Urbana 1)
(61) 3358-7476
Santa Maria
Promotoria de Justiça (Quadra 211, Conjunto A, Lote 14)
(61) 3394-3006
Sobradinho
Promotoria de Justiça (Edifício Sylvia, Quadra Central, Bloco 7, Térreo)
(61) 3591-3640
Centros especializados de atendimento à mulher
Funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas
Estação do metrô da 102 Sul
(61) 3223-7264
Casa da Mulher Brasileira (SGAN 601, Lote J, Plano Piloto)
(61) 3224-6221
Ceilândia (QNM 2 Conjunto F, Lotes 1/3)
(61) 3373-6668
Planaltina (Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2)
(61) 3389-8189
Edição: Paula Oliveira