27/01/2017 às 11:12, atualizado em 27/01/2017 às 17:55

Escola Classe 1 da Estrutural é reaberta após instalação de filtro de gás metano

Unidade de ensino estava fechada desde 2012, quando foi identificado vazamento de gás. Governo investiu cerca de R$ 500 mil na compra do equipamento

Por Ádamo Araujo e Samira Pádua, da Agência Brasília

Os 1,1 mil alunos da Escola Classe 1 da Estrutural voltam a estudar na sede original da unidade de ensino, na praça central da região. Interditada desde maio de 2012, quando o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e a Defesa Civil constataram a alta concentração de gás metano, a instituição será reaberta para o ano letivo de 2017, que se inicia em 10 de fevereiro. A Secretaria de Educação instalou equipamento para filtragem do ar para garantir a segurança dos profissionais e dos alunos.

Os 1,1 mil estudantes da Escola Classe 1 da Estrutural voltam na sede original da unidade de ensino, na praça central da região. A instituição será reaberta no ano letivo de 2017, que se inicia em 10 de fevereiro.

Os 1,1 mil estudantes da Escola Classe 1 da Estrutural voltam à sede original da unidade de ensino, na praça central da região. A instituição será reaberta para o ano letivo de 2017, que se inicia em 10 de fevereiro. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

A reinauguração ocorreu na manhã desta sexta-feira (27) como parte da programação de aniversário da região administrativa, que completa, hoje, 13 anos. O governador Rodrigo Rollemberg participou da cerimônia. “É um presente para a Estrutural, para esses alunos, que poderão estudar com tranquilidade e segurança perto de onde moram. A comunidade local preservou essa estrutura nesses cinco anos e isso contribuiu para que pudéssemos fazer esta entrega”, disse.

De acordo com o secretário Júlio Gregório Filho, a estrutura foi erguida sobre um lixão desativado. “A obra para implementação desse sistema começou em outubro do ano passado e vai garantir segurança para todos os que usam esse espaço”, destacou. Orçado em mais de R$ 13 milhões, o custo de demolição, de adequação (escavação e reaterramento) do terreno e de reconstrução inviabilizou fazer uma nova escola. “Esse equipamento de filtragem não chegou a R$ 500 mil”, compara.

O chefe do Executivo local recebeu do subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Sérgio Bezerra, o termo de liberação do prédio. “Todos os requisitos foram cumpridos para garantir a segurança e a integridade da comunidade escolar”, afirmou Bezerra.

A unidade atende estudantes da educação infantil e do ensino fundamental até o 3º ano. Além dos alunos, a escola tem 54 funcionários. Em relação à estrutura, são 24 salas de aula, oito distribuídas em biblioteca, audiovisual, espaço reservado para professores e suporte administrativo; e seis banheiros.

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No início de novembro de 2016, durante a escolha da diretoria, na Administração Regional da Estrutural, pais e responsáveis foram informados da reabertura do local. Em setembro de 2015, a comunidade educacional foi alocada em um prédio alugado no Trecho 2 do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Antes disso, porém, eles passaram por quatro mudanças de endereço em três anos.

Fiscalização vai prevenir acidentes

Aferido ao menos três vezes durante o dia, o índice de concentração de metano não chega a 1% em relação ao ar. De acordo com o técnico da empresa IA Ambiental Ltda., contratada para monitorar esse dado, Walison Martins Novaes, “somente acima dos 15% a quantidade é preocupante”. Ele ressalta que, antes da instalação do equipamento, o índice superava os 30% de concentração.

Em conjunto com bombeiros e agentes da Defesa Civil, identificou-se onde estava o bolsão do gás, produzido por fermentação de matéria orgânica. A partir disso, foi construída uma tubulação por onde passa o metano bombeado para levá-lo até os filtros de tratamento.

[Olho texto=”“Um conjunto de filtros faz o tratamento desse gás, o separa da água e o trata com carvão ativado até sua combustão e liberação para o ar em forma de gás carbônico e água”” assinatura=”Júlio Gregório Filho, secretário de Educação” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Um conjunto de filtros faz o tratamento desse gás, o separa da água e o trata com carvão ativado até sua combustão e liberação para o ar em forma de gás carbônico e água”, explica o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, que também é professor de química.

A Escola Classe 1 foi construída em 2004 ainda em madeirite. Dois anos depois, recebeu estrutura de alvenaria, mas, em seguida, começaram os problemas com o lixão subterrâneo. A questão se agravou em 2012, quando o local foi interditado por questões de segurança. À época, alguns professores e alunos alegaram ter passado mal após longos períodos de permanência na unidade.

“Equipes dos bombeiros e da Defesa Civil estiveram aqui e asseguraram que não há risco, o que será atestado nos próximos dias com a emissão dos laudos técnicos”, disse a diretora Raquel Andrade Figueiredo. “Além das aferições diárias, os militares virão semanalmente avaliar a concentração de metano”, completou.

Acompanhado da esposa e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg, o governador também visitou na manhã de hoje o Centro Cultural da Estrutural. O auditório do prédio foi recentemente reformado. Além disso, assistiu à apresentação de integrantes do programa Bombeiro Mirim.

Edição: Paula Oliveira