01/02/2017 às 18:33, atualizado em 17/04/2017 às 14:08

Brasília recebe mais 30 mil doses contra febre amarela

Ao todo, Ministério da Saúde enviou 80 mil vacinas em janeiro, mês em que foram feitas mais de 33,5 mil imunizações no DF

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal recebeu o reforço de mais 30 mil doses da vacina contra a febre amarela. Com a nova remessa, só no mês de janeiro, vieram cerca de 80 mil injeções para recompor os estoques e garantir que o vírus da doença não circule na capital federal. Até 27 de janeiro foram feitas 33.523 aplicações.

Em situação de normalidade, o DF recebe de 20 mil a 25 mil doses por mês. “Solicitamos esse reforço ao Ministério da Saúde porque a procura pela imunização aumentou bastante. Estamos nos antecipando para que não falte”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho.

[Numeralha titulo_grande=”2008″ texto=”Último ano em que houve infecção de febre amarela dentro do território do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A situação continua controlada em Brasília, que tem ampla cobertura vacinal, segundo o subsecretário. Desde 2008, ninguém se infectou no DF. O único óbito, registrado recentemente, foi o de um homem de 40 anos, que já veio infectado de Januária (MG) em 16 de janeiro e morreu dois dias depois.

A orientação do governo é que a população receba duas aplicações ao longo da vida. Crianças devem tomar uma dose aos 9 meses e um reforço aos quatro anos de idade. Para os adultos, é recomendada uma injeção de reforço dez anos após a primeira. A repetição desnecessária de aplicações pode prejudicar o organismo.

Gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pessoas com imunossupressão e aquelas com mais de 60 anos só devem se vacinar mediante avaliação médica criteriosa. Em caso de dúvida, o cidadão pode ser orientado por um profissional de saúde nas salas de vacina espalhadas no DF.

Sintomas da febre amarela e evolução da doença

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de curta duração e gravidade variável, causada por um arbovírus transmitido por artrópodes. As taxas de letalidade da doença variam de 5% a 50%.

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O quadro clínico típico da doença tem evolução bifásica, com o início da febre elevada. Observam-se pulso lento em relação à temperatura (sinal de Faget), calafrios, cefaleia, mialgia, prostração, náuseas e vômitos, que duram cerca de três dias.

O caso pode evoluir para a cura ou para a forma grave (período de intoxicação), caracterizada pelo retorno da febre e diarreia. Nessa fase há o reaparecimento de vômitos, com aspecto de borra de café, além de icterícia, instalação de insuficiência hepática e renal, podendo também haver manifestações hemorrágicas.

Edição: Vannildo Mendes