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08/02/2017 às 18:45, atualizado em 09/02/2017 às 15:34
Retirada de lixo nas cidades para evitar focos do Aedes aedypti foi uma das iniciativas que contribuíram para a queda das ocorrências. Casos de chikungunya e do zika vírus também diminuíram em relação a 2016
As notificações de dengue nas primeiras cinco semanas de 2017 somaram 295, o equivalente a 92,8% menos que os 3.873 registros do mesmo período de 2016. Do total de infecções, 185 são prováveis, 94% a menos que no ano passado, quando a Secretaria de Saúde anotou 3.174 registros da doença. Os números são do Boletim Epidemiológico nº 6, de 2017.
Em relação à febre chikungunya, foram 22 notificações em 2017, 16 delas prováveis infecções da doença, contra 125 em 2016, das quais 42 possivelmente positivas. Os registros equivalem a uma redução de 62% em um ano. Em 2017, o zika vírus foi identificado em 13 pessoas, nenhuma delas grávida. Em 2016, foram 34 casos no mesmo período.
De acordo com o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, o resultado é consequência da atuação integrada do governo no combate ao Aedes aegypti — mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus — e da conscientização da população. “Fizemos mais de 2,2 milhões de visitas em residências para identificar e combater focos do vetor e orientar as pessoas, reforçamos nossos equipamentos e iniciamos uma força-tarefa de limpeza em toda a cidade”, elencou ele, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (8), na sede da pasta.
[Olho texto='”Sabemos que acabar com o mosquito é impossível, mas nossa reação tem sido rápida. Há pouca chance de termos uma epidemia neste ano”‘ assinatura=”Humberto Fonseca, secretário de Saúde do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Fonseca, que estava acompanhado do subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, destacou, entre as ações, o uso de biolarvicidas e a pulverização de inseticida por meio de aerossol nas casas, além do programa Cidades Limpas, que já atuou em sete regiões administrativas: Brazlândia, Ceilândia, Gama, Itapoã, Paranoá, Estrutural e Planaltina. “Sabemos que acabar com o mosquito é impossível, mas nossa reação tem sido rápida”, afirmou.
A diminuição dos casos também é consequência da crise hídrica no DF. Mesmo assim, segundo o secretário, o desempenho do combate ao mosquito foi favorável. “Outras unidades da Federação próximas, como Goiás, tiveram o mesmo regime de poucas chuvas, mas os dados foram menos expressivos, com redução de 60%”, disse.
“Há pouca chance de termos uma nova epidemia neste ano”, acrescentou Fonseca. Ele destacou que a pasta conta com estoques completos de inseticidas, larvicidas, biolarvicidas, de testes rápidos para dengue e de todos os equipamentos necessários para manter as ações integradas.
[Numeralha titulo_grande=”50 mil” texto=”Total de pessoas já vacinadas contra febre amarela no DF neste início de ano” esquerda_direita_centro=”direita”]
Mesmo com números melhores, o secretário adianta que, com a chegada do período chuvoso, os registros de casos devem aumentar, e orienta que a população continue atuando com o governo no combate ao Aedes. “Devemos continuar atentos, e também fazemos um apelo para que não estoquem água, para evitar possíveis criadouros do mosquito.”
Apesar de Brasília estar fora de risco de contágio no ciclo urbano, a secretaria informa que atua em todas as frentes para o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, inclusive a febre amarela. De acordo com o secretário de Saúde, cerca de 50 mil pessoas já foram vacinadas neste ano contra a doença, 200 delas imunizadas em domicílio na zona rural. A pasta já recebeu 80 mil doses da vacina em 2017 e receberá mais 60 mil nesta semana, o que atende à demanda.
Fundamental para as ações, o Levantamento de Índices Rápidos do Aedes aegypti (LIRAa) é feito quatro vezes ao ano para determinar a taxa de proliferação do mosquito nas regiões administrativas. Se o porcentual de imóveis pesquisados com presença de larvas for abaixo de 1%, o nível de perigo da área é verde.
No DF, o índice médio está em 1,15%, sendo que na maioria das regiões administrativas é menor que 1%. Varjão, Lago Norte e Recanto das Emas, que apresentam taxas pouco superiores, aumentam a média, segundo dados da secretaria. A próxima medição do índice será em fevereiro.
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Edição: Vannildo Mendes