02/03/2017 às 18:21, atualizado em 07/03/2017 às 18:32

Penitenciária Feminina já recebe visitas com senhas emitidas pela internet

Códigos on-line passaram a ser oferecidos no domingo. Podem ser cadastradas até dez pessoas para cada um dos 723 internos

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

A Penitenciária Feminina do Distrito Federal estreou, nesta quinta-feira (2), o Sistema de Senhas On-line, aberto para a instituição desde domingo (26). Com o novo formato, até dez visitantes podem ser cadastrados para cada um dos 723 internos do local, entre os quais estão incluídos homens na ala psiquiátrica.

É preciso emitir uma senha para a visita no site do sistema. Nele, o interessado faz o login e informa se levará dinheiro e objetos para o detento. No mesmo ambiente, é definido o horário de comparecer à penitenciária e emitido o código de barras para passar no guichê de entrada.

Na penitenciária, um painel eletrônico informará o número identificador do visitante, que será direcionado para uma revista antes de se encontrar com o interno.

Para cada um dos centros de detenção que fazem parte do sistema carcerário do DF, o dia e o horário de emissão da senha serão diferentes, de modo a não haver superlotação com os cerca de 160 mil visitantes cadastrados.

[Olho texto=”O novo modelo dá uma opção mais humana para os visitantes, que antes precisavam virar noites em filas nos presídios para conseguir fazer a visita” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

No site da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, é possível encontrar as datas de cada um.

Os presidiários podem alterar a lista de visitantes que têm direito de cadastrar a cada seis meses, desde que o número nunca passe de dez. A inscrição no sistema pode ser feita na penitenciária em que se pretende fazer a visita ou no posto da subsecretaria no Na Hora do Riacho Fundo (Shopping Riacho Mall, 2º andar, QN 7, área especial 1).

O visitante deve levar original e cópia dos seguintes documentos: RG ou documento de identificação pessoal com digital e foto atualizada; CPF; comprovante de residência de, no máximo, três meses; nada consta criminal do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT); e certidão negativa da Justiça Federal da 1ª Região.

Em casos de companheiro ou cônjuge, também é necessária certidão de casamento ou de nascimento de filho em comum ou declaração de união estável. O cadastro pode levar até dez dias para ficar pronto porque é preciso verificar a situação jurídica do visitante.

Criado por servidores da equipe de informática da subsecretaria, o sistema não apresentou custo adicional para ser implementado. Segundo a pasta, ele dá uma opção mais humana para os visitantes de presidiários, que antes precisavam virar noites em filas nos presídios para conseguir fazer a visita.

O subsecretário do Sistema Penitenciário, Anderson Espíndola, informou que agora também há um aviso prévio nos casos em que o visitante não poderá ver o detento. “Em algumas situações, o preso tinha a visita suspensa por ter cometido alguma falta disciplinar. A pessoa só tinha conhecimento da medida quando chegava ao presídio”, explicou.

O novo formato requer adaptação na estrutura física dos presídios, o que inclui instalação de painel eletrônico e um guichê. Com a adesão do presídio feminino, agora são cinco centros de detenção de Brasília a oferecer o benefício, inaugurado em julho de 2015 nas Penitenciárias do DF I e II. Fazem parte ainda o Centro de Detenção Presidiário (CDP) e o Centro de Internamento e Reeducação (CIR).

Edição: Vannildo Mendes